“A greve foi capaz de parar o País ou quem parou o Brasil foi a política brasileira?”, criticou a Senadora , líder do MDB, ao comentar a crise provocada pela paralisação dos caminhoneiros em discurso no Plenário, nesta terça-feira (29).

Ela afirmou que há um fosso entre o que pensa a sociedade e a classe política. “Não é o caminhoneiro ou o pedágio, são os altos impostos cobrados neste País por serviços públicos ineficientes. Não podemos esquecer que quem paga o combustível trafega por estradas sucateadas”, disse.

Para Simone, as causas da crise são maiores do que as reivindicações dos caminhoneiros e os prejuízos ao País. “As causas da crise são bem mais profundas, a começar pela falta de legitimidade, não do presidente da República, mas – segundo a opinião pública – de todos nós (políticos). Ou nós nos unimos, deixando as diferenças ideológicas e questões partidárias de lado, ou vamos prejudicar a democracia”, disse.

Eleições – A líder do MDB destacou a proximidade das eleições e reforçou a responsabilidade de toda a classe política. Para ela, as eleições devem transcorrer em clima de normalidade para garantir a reconstrução do equilíbrio institucional. A senadora acredita que é o projeto de Nação que está em jogo. Ela reforçou a importância da estabilidade das instituições e o fortalecimento da democracia. “O que está em jogo é ter um Congresso Nacional responsável por garantir que em outubro tenhamos eleições e sejamos capazes de dialogar com todos num amplo pacto pela Nação”, disse.

Simone Tebet ainda criticou o fato de o Brasil ser amplamente dependente do modal rodoviário por ter deixado de lado outras alternativas da matriz de transportes, como ferrovias e hidrovias.