Em nota divulgada nesta quinta-feira (1º), a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) comentou indicação do juiz federal Sergio Moro para comandar o superministério da Justiça e Segurança. A partir de janeiro, com a junção das pastas, Moro será responsável por indicar a chefia da Polícia Federal.
A federação, que representa 14 mil policiais federais em todo Brasil, elogiou a escolha de Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou que Moro irá “valorizar a agenda anticorrupção dentro dos Poderes”.
Além de destacar a atuação voltada para combater crimes do “colarinho branco”, os agentes federais também afirmaram que possuem boa relação dom Moro.
“A Polícia Federal possui relacionamento estreito com o novo ministro, tendo convergência de ideias e ideais com a grande maioria dos policiais federais. Com isso, terá todo o apoio da Fenapef para que exerça um bom mandato a partir do próximo ano”.
A unificação dos dois ministérios traz à tona impasse registrado no ano passado entre o MPF (Ministério Público Federal), subordinado ao Ministério da Justiça, e a Polícia Federal. O imbróglio se deu após a nomeação de Fernando Segovia para comandar a PF.
A nomeação gerou polêmicas entre outras coisas pelo fato de Segovia ter se encontrado com o presidente Michel Temer fora da agenda oficial. Ele foi demitido pelo ministro Raul Jungmann em fevereiro deste ano. O MPF investiga atos de Segovia durante os três meses em que ele comandou a PF.
Delegados
Em nota também divulgada nesta tarde, a ADPF (Associação Nacional dos Delegados Federais) parabenizou Moro e também destacou a carreira do magistrado que comandou a Operação Lava Jato.
“Esperamos que o novo Ministro da Justiça apoie medidas legislativas de fortalecimento e proteção da Polícia Federal contra influências do poder político e econômico e que sua gestão deixe como legado uma estrutura normativa e executiva pronta para que as instituições funcionem independentemente de quem estiver no comando da ocasião”, disse a associação.