Fato ou fake? Decisão do TRF3 manteve inelegibilidade de Delcídio, mas votos valem?
Confira despacho do TRF3

Logo após a publicação da matéria com informação de que o TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) havia suspendido a decisão do juízo de 1ª instância que tornou o ex-senador Delcídio do Amaral (PTC) elegível, circulou nas redes sociais imagens de que o material veiculado pelo Jornal Midiamax era ‘fake news', o que não condiz com a realidade.

Na prática, a liminar do desembargador federal Marcelo Saraiva atendeu recurso do MPF (Ministério Público Federal), que pontuou que a decisão do Senado, que cassou os direitos políticos de Delcídio, só poderia ser analisada no STF (Supremo Tribunal Federal).

Procurada pela reportagem, a assessoria do candidato explicou que mesmo com a decisão do TRF3, Delcídio terá, sim, seu nome na urna e poderá receber votos normalmente.

Isso se dá porque o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) marcou julgamento da candidatura de ex-senador, que concorre novamente ao cargo este ano, só para depois das eleições.

“Essas coisas eu deixo para a minha assessoria jurídica, eu vou pedir votos e vamos mostrar que voltamos. Tem viés político nisso, mais uma prova que estou incomodando “, afirmou Delcídio.

A defesa do ex-senador vai recorrer da decisão, “uma vez que ele foi inocentado da acusação de obstrução de justiça, não pesando contra ele nenhuma outra acusação. Delcídio é ficha limpa”, diz trecho de nota enviada pela assessoria do candidato.

Bernal

Em situação semelhante está o ex-prefeito de , Alcides Bernal (PP), que após ter sua candidatura liberada pelo TRE, viu a coligação do MDB recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que julgou que o progressista está, sim, com os direito políticos cassados, em virtude da decisão da Câmara da Capital, que cassou seu mandato em março de 2014.

Bernal também recorreu decisão, e lembrou que já teve duas candidaturas consideradas legais, em 2014 e 2016, ou seja, estaria, de acordo com decisão da Justiça Eleitoral, no pleno gozo de seus direitos políticos. Seu nome também estará nas urnas no próximo domingo (7).