A reunião entre vereadores e o chefe do MP-MS (Ministério Público Estadual), Paulo Cezar dos Passos, na manhã desta quinta-feira (21), que atrasou a sessão no plenário, teve fim por volta das 10h15.
Vereadores deixaram a sala da Presidência enquanto o procurador-Geral da Justiça saiu pela porta dos fundos, sem falar com a imprensa. Segundo o vereador João Rocha (PSDB), presidente da Câmara, a reunião foi “diplomática”.
“Foi uma visita institucional, de cortesia. O Ministério Público é fiscal da lei assim como a Câmara também é fiscal da lei”, afirmou Rocha, que disse que a reunião procurou estabelecer um diálogo de “autonomia dos poderes”.
Segundo Rocha, trata-se de uma visita “histórica”. “Penso que é um momento histórico quando o procurador-Geral faz uma visita à Câmara. É a primeira vez que acontece que a gente tenha conhecimento, que o MP vem ao Legislativo municipal”, disse.
Apesar do Ministério Público ter recomendado à Câmara e a Prefeitura que alterem o projeto de lei da Revisão do Diretor, o presidente da Casa negou que a reunião tenha sido exclusivamente sobre o assunto, e negou também “pressão” do órgão ministerial.
“Não há rusgas. Tratamos dos mais diversos assuntos, inclusive do Plano Diretor”, disse Rocha. “O Ministério Público não está interferindo no que o vereador vai fazer, isso não existe. É uma especulação mentirosa”, declarou o parlamentar.
O presidente da Câmara disse ainda que visitou o MP-MS há uma semana, ocasião em que foi agendada a reunião de Passos com a Câmara. “Ele disse que gostaria de retribuir a visita, e desde semana passada estava agendado”, afirmou.
Por força da reunião, a sessão da Câmara desta quinta-feira foi atrasada. Nesta sessão, será votado o projeto do reajuste salarial de professores e servidores da Educação municipal, além de outros três projetos.