Em segundos, Bolsonaro nomeia e exonera Mourão da Casa Civil
O general Hamilton Mourão (PRP), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), teve nesta segunda-feira (6) uma indicação fugaz para o Ministério da Casa Civil num eventual governo do capitão reformado. Bolsonaro apontou o general como o nome a ser indicado para a Casa Civil e, dez segundos depois, decidiu desfazer a escolha. […]
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O general Hamilton Mourão (PRP), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), teve nesta segunda-feira (6) uma indicação fugaz para o Ministério da Casa Civil num eventual governo do capitão reformado.
Bolsonaro apontou o general como o nome a ser indicado para a Casa Civil e, dez segundos depois, decidiu desfazer a escolha. Afirmou que o cargo será ocupado por um deputado.
A desistência ocorreu após o presidenciável afirmar que não tinha como critério para a escolha do vice “fins eleitoreiros”.
“Quero governabilidade. Tenho que ter um vice que trabalha junto comigo e não seja uma peça decorativa”, disse ele, após palestra a empresários na Firjan.
Bolsonaro foi questionado, então, como o general agregaria governabilidade ao seu eventual governo e se ele seria o responsável por dialogar com o Congresso.
O candidato do PSL respondeu: “Vai ser o chefe da Casa Civil. Ele é uma pessoa culta, patriota, tem responsabilidade, tem virtudes.”
Logo em seguida, ele foi perguntado sobre a escolha de um militar para a Casa Civil.
“Não, na Casa Civil talvez… Não, não deve ser militar na Casa Civil. Deve ser um deputado, com toda certeza”, afirmou.
O deputado disse, contudo, que seu eventual governo terá “um montão de ministro militar”.
“Logicamente há ministérios que não cabe militar. Transporte: quem não quer ver, por exemplo, a malha de transporte do Brasil, nossa malha viária, sem corrupção? Acho difícil corromper um general. Não é incorruptível. Mas é muito mais difícil do que esses últimos ministros que passaram aí”, afirmou.
Embora seja uma bandeira do capitão reformado, a composição militar de sua chapa e de um eventual governo não é unanimidade na Forças Armadas. A divergência foi deixada clara pelo ex-comandante de Aeronáutica tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista em palestra no Clube da Aeronáutica.
“O parlamento sempre tratou muito bem os integrantes das Forças Armadas quando estiveram em comissões debatendo os assuntos”, declarou.
Bolsonaro negou que o “príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança será nomeado para o Ministério das Relações Exteriores. Declarou que o posto deverá ser ocupado por um diplomata de carreira.
O candidato minimizou o pouco tempo de propaganda na TV que terá na campanha. “Ninguém acredita mais nessas firulas. Gastar uma fortuna com marqueteiro para mostrar uma realidade que não existe.”
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