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Política

Em primeira sessão após execução de PM, deputados evitam comentar crime

A maior parte dos parlamentares preferiu não se pronunciar sobre a morte de Ilson, que tinha passado criminal.
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A primeira sessão ordinária da Assembleia Legislativa após a execução do PM reformado Ilson Martins Figueiredo, na manhã da segunda-feira (12), foi marcada pelo silêncio da maioria dos deputados estaduais. A maior parte dos parlamentares preferiu não se pronunciar sobre a morte de Ilson, que comandava a Gerência de Segurança e Polícia Legislativa da Casa de Leis e tinha passado criminal. Vítima de execução, o chefe de segurança já havia sido preso duas vezes.

Responsável pela nomeação do PM reformado, o deputado Zé Teixeira (DEM) falou com a reportagem e revelou que havia conhecido Ilson em , quando este atuava no DOF (Departamento de Operações da Fronteira), e que não havia feito levantamento crimimal do mesmo.

“É um PM aposentado, com 40 anos de experiência. Não tinha nada que o desabonasse aqui dentro, e sempre foi de muito trato fino com seus subordinados. Então não posso fazer um julgamento. Se ele foi preso no Paraguai, isso não era do meu conhecimento, e eu não tinha condição de saber. Além disso, ele não tinha condenação”, justifica o deputado.

Também presente na sessão, o deputado Amarildo Cruz (PT) confirmou a postura amistosa de Ilson. “Como deputado, eu não tinha como ter noção do que aconteceu lá atrás. Acredito que faça parte avaliar o perfil, mas essas acusações pedem para checar a veracidade”, destaca Cruz. “Responder processo é sinal de lisura, ainda mais se você sai ileso, que quer dizer que você estava sendo julgado injustamente”, conclui.

A execução

Ilson Martins Figueiredo conduzia na manhã da segunda-feira (11) um Kia Sportage, na Avenida Guaicurus, quando foi surpreendido e seu carro alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.

Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou.

Passado criminal

A vítima já tinha sido presa por duas vezes: a primeira prisão aconteceu em 1982 e a outra, em 2008. Na primeira, ocorrida em 17 de agosto 1982, Ilson foi acusado, junto de mais dois colegas de farda, de participar de um roubo a um posto de combustível e a uma casa lotérica, em Campo Grande, onde ocorreram duas mortes. Ilson foi preso e expulso da corporação.

Apenas em 1º de setembro ele deixou o presídio, depois que o verdadeiro autor do roubo, José Alcebíades, conhecido como ‘Pastor’, foi preso por policiais da Derf (Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos). O policial conseguiu reverter sua expulsão voltando à corporação, mas em junho de 2008 foi preso mais uma vez em uma casa em Pedro Juan Caballero, fronteira com , com mais dois policiais.

Na ocasião, foram encontrados na casa onde o PM estava três fuzis, dois rifles, duas pistolas e quatro revólveres. Um foragido da Justiça, Alberto Aparecido Roberto Nogueira, condenado há 20 anos por pistolagem estava no local junto com Ilson. À época eles responderam por associação criminosa na Justiça paraguaia.

O sargento aposentou em 1997 e, em março de 2015, foi nomeado no cargo de Diretor de Segurança e Informação da Assembleia Legislativa, em Campo Grande.

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