Dança das cadeiras: Com saída de Tereza e Mandetta, suplentes devem receber R$ 33,7 mil durante recesso

Com a ida de Tereza Cristina (DEM) para o Ministério da Agricultura e Luiz Henrique Mandetta, para a Saúde, no Governo Jair Bolsonaro (PSL), outros nomes que disputaram o cargo de deputado federal em 2014 devem herdar o mandato na Câmara dos Deputados, a partir de janeiro de 2019, com alguns benefícios. A ‘dança das […]

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Dança das cadeiras: Com saída de Tereza e Mandetta, suplentes devem receber R$ 33,7 mil durante recesso
Foto: Thiago Morais (Marçal)/ Divulgação Câmara Municipal (Coringa)

Com a ida de Tereza Cristina (DEM) para o Ministério da Agricultura e Luiz Henrique Mandetta, para a Saúde, no Governo Jair Bolsonaro (PSL), outros nomes que disputaram o cargo de deputado federal em 2014 devem herdar o mandato na Câmara dos Deputados, a partir de janeiro de 2019, com alguns benefícios.

A ‘dança das cadeiras’ deve começar a partir de 1° de janeiro, quando o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), deixa o governo Michel Temer (MDB) e terá oportunidade de reassumir o mandato de deputado federal, ocupado, durante sua licença, pelo advogado Fábio Trad (PSD), que será reconduzido ao cargo em 1° de fevereiro por ter sido reeleito em outubro.

Dança das cadeiras

Caso Marun reassuma a vaga por um mês, Fábio Trad assumiria a vaga deixada por Tereza Cristina, até sua diplomação como deputado reeleito. Marun, todavia, afirmou, durante a agenda em Campo Grande, que tiraria férias, após a saída do Governo, e pensaria na hipótese de assumir vaga destinada à Câmara no CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Desta forma, o irmão do prefeito Marquinhos Trad (PSD) e do senador eleito Nelsinho Trad (PTB), a depender de Marun, poderia continuar o mandato até a diplomação, restando a vaga de Tereza ao vereador de Dourados, distante 225 km de Campo Grande, e ex-emedebista Marçal Filho.

Além de exercer mandato em Dourados, Marçal também foi eleito deputado estadual pelo PSDB. Caso a hipótese se concretize, ele poderá trocar remuneração de R$ 12.663,31 na Câmara Municipal, pela de R$ 33.763 na Câmara Federal (por um mês), enquanto aguarda diplomação na Assembleia Legislativa, também em 1° de fevereiro, quando passará a receber vencimentos de R$ 25,3 mil, conforme o Portal da Transparência.

“Tudo depende do Marun. Se ele reassumir a vaga, o Fábio entra no lugar da Tereza Cristina. Se ele [Marun] renunciar, aí serei deputado federal por um mês. Renuncio o mandato de vereador, assumo o federal e depois assumo o estadual, porque é meu direito”, disse Marçal ao Midiamax, nesta sexta-feira (23).

Já a vaga ocupada por Mandetta deve ficar com o ex-vereador da Capital e atual subsecretário de Direitos Humanos, Ademar Vieira Junior, o Coringa. Na administração de Marquinhos, Coringa, nomeado em janeiro de 2017, recebe mensalmente R$ 14.475. Considerados os abatimentos com imposto de renda e contribuição previdenciária, o subsecretário recebeu dos cofres municipais a importância de R$ 10.913,23, em outubro passado. A reportagem tentou contato, por telefone, mas as ligações não foram atendidas até a publicação deste material.

Além do salário, recesso parlamentar e muitos benefícios

A passagem por Brasília por um mês, entre 1° de janeiro e 1° de fevereiro, podem lhe render salário de R$ 33.763, além de outras verbas parlamentares como R$ 106.866,49 mensais para contratação de até 25 secretários parlamentares, lotados no gabinete na Câmara ou em Mato Grosso do Sul, exercendo cargos comissionados de livre nomeação, com salários que variam entre R$ 980,98 e R$ 15.022,32.

Além disso, eles poderão contar com auxílio moradia, concedido aos parlamentares que não morem em residências funcionais na capital federal, no valor mensal de R$ 4.253. Os benefícios são oferecidos aos suplentes de Tereza e Mandetta mesmo durante o recesso parlamentar, que ocorre entre 23 de dezembro e 1° de fevereiro de 2019, quando os eleitos de outubro serão empossados.

Também terão direito a cota parlamentar que pode ser usada para custeio de despesas como passagens aéreas, telefonia, serviços postais, manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, alimentação, hospedagem, locação ou fretamento de aeronaves, automóveis e embarcações (R$ 10,9 mil mensais).

A cota também poderá custear serviços de táxi, pedágio e estacionamento (R$ 2,7 mil mensais), combustíveis e lubrificantes (R$6 mil mensais), serviços de segurança (R$ 8,7 mil mensais), contratação de consultorias, divulgação da atividade parlamentar, custeio de cursos, palestras, seminários, congressos, além de R$ 1,7 mil mensais para complementação do auxílio moradia.

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