Com região precarizada, somente 58 lojas funcionam na antiga rodoviária
Audiência na Câmara Municipal debate soluções
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Audiência na Câmara Municipal debate soluções
Audiência pública para debater sobre o futuro da antiga rodoviária de Campo Grande ocorre na Câmara Municipal da manhã desta segunda-feira (26). A representante dos comerciantes da região, Rosane Nely Lima, explicou que das 236 lojas que pertencem a 125 pessoas, mas somente 58 estão ativas atualmente, fora os 15 trailers de lanches.
O comércio inativo, segundo ela, se justifica pelo abandono da área. Sem movimento, não sobra dinheiro para pagar impostos e investir em melhorias para atrair mais lojistas. Cerca de 80% dos comerciantes dizem não ter condições de pagar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) junto com a taxa de condomínio que é de R$ 115 por mês. “Porque o local já está sem credibilidade. Não dá para atrair novos comerciantes sem ter nada a oferecer”, avaliou.
Rosane contou que esteve com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) dias após ele tomar posse, em janeiro de 2017. A ele foi entregue uma lista de itens que a Prefeitura poderia viabilizar, como por exemplo, ceder algum espaço na região para a construção de uma praça de alimentação na qual os trailers ficariam.
Também intermediar parcerias com o setor privado, além de aumentar as rondas da Guarda Municipal, reforçar a iluminação e recapear as vias. O plano apresenta, ainda, a reativação do cinema. Em resposta, o secretário municipal de Segurança Valério Azambuja disse que a rondas já foram reforçadas, sendo que em 2017 o quartel da antiga rodoviária foi reativado.
Para ele, é necessário que haja atuação da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) em parceria com a pasta de segurança. O representante da SAS, Artenio Miguel, disse que já há participação da secretaria na recuperação da região. Informou eu cerca de 50 moradores de rua ficam no entorno.
“Fazemos abordagem todos os dias para oferecer ajuda, mas dificilmente eles aceitam”, contou. Ele explica que na intenção de ajudar, populares por vezes acabam atrapalhando. Isso porque ao dar dinheiro ou comida aos usuários de drogas, acabam incentivando a negativa ao trabalho e tentativa de tratamento.
Em dezembro, por exemplo, durante ação das secretarias de assistência social, segurança e saúde, 31 pessoas que ficam nas redondezas foram abordadas, mas nenhuma aceitou ser encaminhado para tratamento. “A caridade fortalece a permanência deles no local”.
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