Com novo cálculo, taxa do lixo pode custear R$ 80 milhões pagos à Solurb

Prefeito diz ter feito “justiça social” com mudança em cobrança

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Prefeito diz ter feito “justiça social” com mudança em cobrança

A cobrança da taxa do lixo que agora vem detalhada na fatura do IPTU dos campo-grandenses ainda é motivo de reclamações de muitos moradores. Em entrevista na tarde desta sexta-feira (5), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou que o novo cálculo feito pelo município e repassado aos moradores fará com que a taxa custeie praticamente os R$ 80 milhões pagos anualmente pelo município à concessionária Solurb. Até o ano passado, a taxa – que já era paga pelos moradores desde 2011 – somava o montante de no máximo R$ 30 milhões.

Para o prefeito, o novo cálculo tem objetivo de fazer “justiça social” porque os valores foram atualizados. Até então, moradores de bairros nobres como Itanhangá e Residencial Damha, por exemplo, pagavam taxas menores ou iguais a de outros bairros periféricos, tudo porque a base do cálculo era dividida em dois grupos: no Centro ou fora do Centro.

Com o reordenamento da cobrança, houve aumento do valor da taxa do lixo para alguns moradores, o que tem gerado reclamações de muita gente. Segundo o prefeito, não há previsão de que uma nova mudança no cálculo ou revisão sejam feitas.

Com o custeio de praticamente todo o valor da concessão para coleta e tratamento de lixo da cidade saindo do bolso do campo-grandense, a prefeitura terá sobra no orçamento. Em 2017, por exemplo, o município retirou de R$ 50 a R$ 55 milhões dos cofres para custear a Solurb, que presta serviço que não é obrigação da prefeitura ser feito, segundo Marquinhos.

“A obrigação do destino do lixo é de quem produz, não é da prefeitura, todos já pagam essa taxa desde 2011. O que nós fizemos foi ser transparentes, corretos, éticos, nós discriminamos ao invés de generalizar. Fomos claros. Ainda que me custe entendimentos políticos negativos”, disse o prefeito.

Com novo cálculo, taxa do lixo pode custear R$ 80 milhões pagos à Solurb

Ainda segundo Marquinhos, em reunião marcada para próxima segunda-feira (8) na OAB-MS (Ordem dos Advogado do Brasil) a prefeitura vai detalhar a forma da cobrança da taxa do lixo. “A prefeitura está absolutamente tranquila, não há discussão jurídica, o que há é sobre a metodologia da cobrança”, completou.

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