Antes de votar isenção, vereadores divergem sobre atuação do Consórcio
Salineiro e Chiquinho divergiram sobre o Consórcio Guaicurus
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Salineiro e Chiquinho divergiram sobre o Consórcio Guaicurus
A situação dos terminais de ônibus da Capital levantou debate na Câmara da Capital, antes da votação que pode garantir ao Consórcio Guaicurus isenção de ISS (Imposto Sobre Serviços), e gerou discussão entre vereadores, durante a sessão desta terça-feira (6).
O vereador André Salineiro (PSDB) ocupou a tribuna para relatar que ontem, segunda-feira (5), andou de ônibus e visitou terminais na Capital. E apresentou aos colegas uma emenda ao projeto de isenção de ISS, deixando sob responsabilidade do Consórcio Guaicurus a manutenção dos terminais de transbordo e a segurança dos passageiros.
Salineiro relatou que o terminal do Hercules Maymone não tem porta no banheiro e pia, há apenas dois baldes com agua e uma caneca, para lavar a mão. Ele citou que no último mês de dezembro o vale transporte subiu para R$ 3,70. Não faz sentido aumentar o passe, ter a isenção e os terminais estarem em péssimas condições.
“O Consórcio arrecada milhões e não tem a contrapartida (melhoria no serviço)”, disparou o tucano, criticando ainda a superlotação dos veículos, a idade dos ônibus, velhos, segundo ele, e a ausência de linha após as 23h50.
O vereador também criticou os responsáveis pela segurança dos terminais, a quem chamou de ‘mal treinados’, pois não queriam deixa-lo entrar, filmar e fotografar os locais. Ele solicitou que a Casa convidasse o Consórcio para explicar sobre as melhorias feitas no serviço prestado à Capital.
O líder do prefeito na Casa, vereador Chiquinho Telles (PSD), afirmou ao colega que a isenção é votada desde de 2013. “Se não votar hoje, amanhã o passe vai aumentar, e a população vai pagar por isso”, frisou.
A emenda apresentada por Salineiro, segundo o líder, não deve ser votada, já que não há previsão contratual para tanto.
Chiquinho ainda afirmou que o Consórcio já teria feito essa promessa de reforma nos terminais e cobertura de ponto de ônibus, o que segundo o vereador já teria sido feito.
A vereadora Enfermeira Cida (PODE), membro da comissão de transporte, reforçou as críticas do tucano, e disse que nunca teve solicitações respondidas sobre a atuação do Consórcio. “A tendência (do serviço prestado) é piorar, porque a população cresce e o poder aquisitivo cai”, disse.
Segundo ela, em uma das poucas respostas que recebeu (ela não detalhou se do município ou do Consórcio), a mensagem era que a população era única responsável pela depredação dos terminais.
Otávio Trad (PTB), presidente CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), argumentou que a Casa deve analisar a constitucionalidade da emenda do colega. O petebista sugeriu a votação da proposta de isenção, com consequente fiscalização do serviço.
O vereador João Cesar Matogrosso (PSDB) seguiu o mesmo raciocionio de Trad, de votar o projeto e manter fisclaizacao posterior ao serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus. Empresário, o tucano aproveitou para relatar que certa ocasião colocou um vestiário em sua empresa para uso de seus funcionários, e que dois meses depois o local já estava com portas e torneiras quebradas. “Fico me perguntando se não é melhor assim para eles aprenderem, mas no poder público não podemos fazer isso”, alegou.
André Salineiro também propôs a criação de uma comissão para fiscalizar o serviço de transporte público e as condições dos terminais.
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