faz 118 anos neste mês

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) usou as redes sociais na internet neste sábado (5) e fez apelo à  direção da Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), mantenedora da Santa Casa, que alegando superlotação, parou de receber pacientes.  O hospital é o maior de Mato Grosso do Sul.  

Em vídeo, Marquinhos lamenta o fechamento das portas do hospital que atende pacientes da Capital e do interior de Mato Grosso do Sul, e salienta que o município não tem dívidas com a Santa Casa, inclusive os débitos deixados pelas gestões passadas foram quitados. “Esse mês Campo Grande completa 118 anos e peço a vocês diretores da Santa Casa esse presente”, pede.

O prefeito ainda menciona a crise econômica que a cidade atravessa e pede a colaboração do hospital, para não causar danos à população. “É hora de se unir para superar essa crise e não há nada mais triste do que buscar socorro para irmão nosso, alguém que a gente ama e encontrar as portas fechadas”. “Essa crise se deus quiser vai ser passageira, mas o sofrimento será eterno para quem perder um ente querido porque os portões estão fechados”, completou.

Os atendimentos na Santa Casa estão parcialmente interrompidos desde a quinta-feira (2), e até pacientes considerados de urgência estão sem atendimento. O hospital tem capacidade para receber 600 pessoas, entre planos de saúde privada e SUS (Sistema Único de Saúde), mas apenas o setor público opera com dificuldade.

O gargalo maior é no centro cirúrgico, que tem capacidade para atender 6, mas chegou a registrar 24 pacientes, informou a administração da Associação.

A escassez de vaga começou a ser registrada no dia 2 de agosto, a ponto da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) buscar de ambulância pessoas que aguardavam na fila para serem realocadas em postos de saúde e hospitais. Sem tem como receber internar, o hospital anexou uma faixa na entrada do Pronto-Socorro avisando a falta vagas para a urgência, CTI (Centro de Tratamento e Terapia Intensiva) e alas de internação.

Corredores lotados

Nessa semana o Jornal Midiamax encontrou pacientes esperando atendimento nos corredores, outros esperam vagas no CTI (Centro de Terapia Intensiva). As salas de cirurgia também estavam lotadas e cerca de 70 procedimentos deixaram de ser realizados.