Suposto caixa dois na campanha presidencial de 2010

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber autorizou a abertura de inquérito para investigar o senador (PSDB-SP) por suposto caixa dois na campanha presidencial de 2010. O pedido tem como base fatos narrados na delação premiada do empresário Joesley Batista, da JBS. STF autoriza inquérito para investigar Serra; senador nega caixa 2

Joesley afirmou ter acertado pessoalmente com Serra uma contribuição de R$ 20 milhões para a campanha presidencial de 2010. Desse total, R$ 13 milhões teriam sido declarados oficialmente na prestação de contas do PSDB, mas cerca de R$ 7 milhões teriam sido repassados por meio de caixa dois.  Segundo o empresário, os valores de caixa dois teriam si

Segundo o empresário, os valores de caixa dois teriam sido pagos por meio de nota fiscal superfaturada de aquisição de camarote em um autódromo para evento de Fórmula 1, emitida pela empresa LCR Eventos. Uma quantia de aproximadamente R$ 420 mil teria sido repassada por meio de nota fiscal fria da empresa APPM Análises e Pesquisas.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os fatos indicam “possível ocorrência do delito previsto no artigo 350 do Código Eleitoral” – o chamado caixa dois, descrito como o ato de “omitir, em documento público ou particular, declaração que dele deva constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser e

Serra nega  

O senador negou ter realizado caixa dois na campanha presidencial de 2010 ou em qualquer outra disputa eleitoral que participou. “O senador José Serra reitera que todas as suas campanhas eleitorais foram conduzidas dentro da lei, com as finanças sob responsabilidade do partido. E sem nunca oferecer nenhuma contrapartida por doações eleitorais”, afirmou Serra, por meio de nota divulgada por sua assessoria de imprensa.