Servidor flagrado no Rio pede demissão e diz que viagem foi ‘repentina’

Ele deixa cargo 2 dias após nomeação

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Ele deixa cargo 2 dias após nomeação

O colunista social Dácio Correa,74, oficializou nesta tarde seu pedido de exoneração do cargo do Centro de Múltiplo Uso Picolé, em Campo Grande, para o qual havia sido nomeado dois dias atrás. O pedido ocorre depois que leitores do Jornal Midiamax flagraram Dácio em viagem ao Rio de Janeiro no horário de expediente.

Na carta em que comunica sua demissão, ele afirma que viajou ao Rio de Janeiro de ‘maneira repentina’, pois havia recebido comunicação da Rio-Tur sobre a necessidade de credenciamento pessoal e intransferível.

Ainda ontem, terça-feira (21), já no Rio de Janeiro, em entrevista, por telefone, ele disse que estava em Campo Grande.

Hoje, quarta-feira, pela manhã, contudo, o prefeito Marquinhos Trad (PSD), disse ter ligado para Dácio e pedido a ele que retornasse para Campo Grande. À tarde, Dácio foi ao gabinete do prefeito e pediu afastamento. A reportagem quis conversar com o colunista, mas ele mandou avisar pela assessoria que nada ia comentar..

Dácio Corrêa disputou a eleição para vereador no ano passado pelo PT do B, sigla partidária aliada do prefeito Marquinhos Trad, do PSD. Ele teve apenas 122 votos.

Leia abaixo a íntegra do carta.

Diante da repercussão decorrente de viagem que fiz na última terça-feira, 21, para confirmar minha participação no Carnaval 2017 na cidade do Rio de Janeiro me vejo, por dever moral e funcional, solicitar meu afastamento do cargo para o qual fui nomeado recentemente para administrar o Instituto Picolé, evitando maiores repercussões para a prefeitura municipal.

Tenho a esclarecer que, como profissional de imprensa, venho há mais de trinta e cinco anos desenvolvendo essa atividade, sempre com meus próprios recursos, ressaltando que sou o único representante oficial de Mato Grosso Sul neste grande evento mundial.

Desde janeiro deste ano, pela primeira vez, tenho atuado como servidor público, sempre de maneira digna e correta, auxiliando o prefeito Marquinhos Trad a fazer de Campo Grande um lugar melhor para se viver.

O meu deslocamento para o Rio de Janeiro deu-se de maneira repentina diante de um comunicado oficial da Rio-Tur, ao qual eu tinha prazo de 48 horas para fazer credenciamento pessoal e intransferível.

Reconheço que por ser uma figura pública deveria ter comunicado o fato aos meus superiores, não avaliando adequadamente as conseqüências políticas que poderiam advir com a divulgação de um gesto individual sem nenhuma correlação com qualquer tipo de ato ilícito em meu trabalho.

 

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