Segundo na linha sucessora da Presidência

— A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), voltou a defender, nesta quinta-feira, a convocação de eleições diretas caso o presidente Michel Temer saia do cargo. Durante entrevista após a primeira reunião como presidente nacional do partido, Gleisi declarou que o presidente da Câmara, (DEM-RJ), “é tão ruim quanto Temer”. Maia é o segundo na linha sucessora da Presidência.‘Rodrigo Maia é tão ruim quanto Temer', diz a presidente do PT

— Não reconheceremos nenhuma eleição indireta. Queremos reforçar isso. Para nós tanto faz Temer ou Maia. Rodrigo Maia é tão ruim quanto Michel Temer. Nosso posicionamento é que o Congresso tenha decência e convoque novas eleições — afirmou a senadora.

Também nesta quinta-feira, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, disse que Maia tem condição de dar estabilidade ao país.

MENSAGEM AOS TUCANOS

Gleisi comentou as declarações recentes de integrantes do PSDB de que o partido estaria naturalmente se descolando do governo. Para a dirigente petista, os tucanos deveriam seguir a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e também defender as eleições diretas:
— Eu espero sinceramente que o PSDB possa se alinhar ao seu presidente de honra, Fernando Henrique Cardoso, e assine a PEC da senadora Lídice da Mata (PSB-BA) que antecipa as eleições. Porque só fazer discurso não adianta nada para defender a democracia.

DE OLHO EM 2018

Durante o dia, membros do diretório nacional do PT estiveram reunidos em discutindo as diretrizes internas do partido para o próximo período e preparação para as eleições de 2018.

Além de reforçar o posicionamento da legenda contrário às reformas e pela saída de Temer, o diretório discutiu também como será o processo de construção do plano de governo petista para as eleições do ano que vem. Ele deverá ser coordenado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Questionada sobre um segundo nome para a candidatura presidencial, caso Lula venha a ser condenado, a nova presidente nacional do PT voltou a dizer que “uma eleição sem Lula não seria uma eleição democrática” e que o partido irá recorrer caso o ex-presidente seja condenado.