Titular da Sefaz já respondeu CPI que investiga governador

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) revelou que empresas ligadas à JBS aumentaram recolhimento de impostos em Mato Grosso do Sul nos últimos anos, o que, segundo ele, garante a lisura dos atos de concessão de benefícios fiscais, investigados pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Propina, da Assembleia Legislativa.

Segundo Reinaldo, empresas comandadas pela holding J&F, entre elas a própria JBS, triplicaram o recolhimento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em Mato Grosso do Sul durante sua gestão.Reinaldo diz que J&F triplicou recolhimento de ICMS em MS em sua gestão

De acordo com o titular da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Marcio Monteiro (PSDB), acusado de fornecer notas fiscais frias para justificar suposto pagamento de propina da JBS, o grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista comprovou ao governo o cumprimento dos termos de incentivo. O tucano também afirmou que já encaminhou tais documentos comprobatórios à CPI.

Apesar das derrotas sofridas no STF (Supremo Tribunal Federal), ao tentar anular as delações da JBS e retirar do ministro Edson Fachin a relatoria das denúncias feitas pelos irmãos Batista, Reinaldo alegou que a votação na Corte ainda não terminou

“Queríamos dizer que não estávamos na delação da Lava Jato. Se ver o voto dos ministros deu ganho para pauta que nós fizemos”, justificou o governador, que garante que as acusações de que cobrava propina para liberar benefícios fiscais serão rebatidas com ‘documentação comprobatória’, tanto dele, pessoa física, quanto do governo estadual.