Sugestão será apresentada à reitoria da na próxima semana.

O professor aposentado Wilson Valentin Biasotto que durante décadas atuou no antigo Centro Universitário de (CEUD) que acabou se transformando em Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) está propondo que a instituição conceda ao ex-presidente Luis Inácio da Silva, o título de Doutor Honoris Causa pelo fato de ter criado.

Lula, conforme Biasotto foi o criador da UFGD em 2005. A universidade foi criada pela Lei 11.153 de 29 de julho de 2005. O professor disse que “independente de qualquer questionamento o ex-presidente Lula é o “pai da UFGD”, uma luta de três décadas da comunidade universitária da Grande Dourados”.

Biasotto afirmou que “Ninguém doou especificamente qualquer terreno para edificação da UFGD. Wlademiro do Amaral doou uma quadra onde fica a reitoria da UFGD para a edificação de um prédio para sediar uma faculdade estadual de Agronomia”

Segundo o professor, em 1971, ao invés de se implantar Agronomia, o governador Pedrossian criou no local os cursos de Letras e Estudos Sociais. “Depois, em 1978 foi aprovado na Câmara Municipal o projeto de compra e doação de um terreno de 90 hectares para a implantação do curso de Agronomia, uma parte doada por Carvalhinho Amaral e a outra comprada e doada pela prefeitura”, explicou.

“Nesse terreno estão UFGD e UEMS, embora na época da doação ninguém pensasse em nenhuma dessas duas universidades”, explica Biasotto que vai encaminhar na próxima semana o pedido de concessão do título ao Conselho Universitário da UFGD.

O professor que também foi vereador em Dourados afirmou que o primeiro artigo em jornal que defendeu a UFGD saiu em 1982 no Jornal Enfoque. “O presidente da época era João Batista Figueiredo que, inclusive, esteve em Dourados. Se ele tivesse criado a UFGD talvez fosse agraciado com o título de Doutor Honoris Causa, mas ele não estava nem aí, como disse: “preferia o cheiro dos cavalos do que o cheiro do povo”.

Biasotto continua sua assertiva afirmando que “em junho de 1979 foi promulgada a Constituição de Mato Grosso do Sul. Proposta do deputado Valter Benedito Carneiro foi aprovada, consolidando que quando fosse criada a UEMS ela seria implantada em Dourados. Era o modelo pedrossianista de criar universidades”.

“Em 1983 o governador Marcelo Miranda contratou uma equipe de vinda do nordeste para projetar e implantar a Universidade de Integração Latino Americana (UILA). Nesse ano tínhamos cem mil crianças em idade escolar em MS que estavam fora da escola. Tivemos calorosos debates pleiteando a UFGD e não a UILA. Nenhuma das duas alternativas teve sucesso. O presidente da República era Figueiredo, o último representante da ditadura militar”.

Biasotto relembra que “já haviam sido promovidos vários debates entre a comissão da UILA e os professores do CEUD, mas em 1983 foram convidados o deputado estadual Valter Carneiro, propositor da UEMS e o deputado federal Sérgio Cruz. No dia do debate somente Sérgio Cruz compareceu e o debate acabou sendo uma palestra”.

 O professor acrescenta que “ao final Sultan Rasslan, Zonir e Laerte Tetila e eu pedimos para o Sérgio movimentar o projeto UFGD em Brasília. Ele então elaborou e aprovou um projeto legislativo para a implantação da UFGD. Sabíamos que não é com projetos legislativos que se criam universidades, mas Sergio Cruz foi importante para tornar o sonho pela UFGD mais conhecido”.

Wilson Biasotto afirma que antes de anunciar a UEMS, Pedro Pedrossian, pediu para o Reitor Celso Pierezan, da UFMS, consultar os professores do CEUD que concordaram com a ideia: em suma, o CEUD/UFMS cederia o terreno para a UEMS e, depois de implantada, haveria uma fusão CEUD/UEMS para a constituição da UFGD. 
“Como a UEMS passou por dificuldades, especialmente no início do governo de Barbosa Martins, houve uma intensa luta pela sua manutenção. A UEMS foi abraçada, literalmente, por professores, alunos e comunidade douradense, criando assim uma forte identidade. Compreendida a importância da UEMS o projeto de fusão foi abandonado e criado o Projeto “Cidade Universitária”, em que UEMS e CEUD passaram a intensificar uma cooperação mútua que resultou no fortalecimento de ambas as instituições, embora o projeto UFGD tenha sido mais uma vez adiado”.

Depois de tanta luta Biasotto, afirmou que somente no governo do presidente Lula é que a UFGD tornou-se real. “Por tudo isso é que devemos homenagear Lula com este título assim como fez esta semana a uma universidade estadual alagoana.

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