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Prefeitura ‘investiga’ ONG responsável pelas casas dos moradores da Cidade de Deus

Marquinhos afirma que população ficará perplexa

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Marquinhos afirma que população ficará perplexa

O Prefeito Marquinhos Trad (PSD) declarou, nesta sexta-feira (20), que a administração municipal realiza um ‘levantamento’ sobre a ONG Morhar – organização social, responsável pelo projeto de multirão que construiu parte das casas das pessoas que viviam na favela Cidade de Deus. Os quatro residenciais onde os moradores foram realocados não foram concluídos. Além disso, uma série de denúncias foram apresentadas pelas pessoas: material de qualidade ruim, abandono das obras e até uso do próprio dinheiro para concluir as moradias.

Marquinhos afirmou que a população ficará “perplexa” com a situação encontrada.  “No início da semana que vem vamos divulgar uma nota com dados de um levantamento da Emha [Agência municipal de habitação] vocês vão perplexos”, afirmou.  “R$ 1,3 milhão foi entregue pra essa ONG,  pago adiantado e a ONG sumiu”.

O jornal Midiamax divulgou uma série de matérias que abordavam o assunto. Desde o início da construção das casas, denúncias como material ruim, abandono de obras e até moradores utilizando os próprios recursos, surgiram.

 

 

 

 

 

Conclusão das casas

A Prefeitura, agora, buscou parceria com o governo do Estado para concluir as casas. São quatro residenciais: Vespasiano Martins, Jardim Canguru, Vila Nasser e Residencial Teruel. O Prefeito prometeu que as casas serão concluídas em até três meses. Ainda de acordo com ele, a administração ainda avalia como fará com a situação das casas que apresentam qualidade ruim.

“Eu estive com o governador, estamos em busca de uma solução pra terminar todas as casas em no máximo três meses. A grande dificuldade é saber se a estrutura já feita suporta a continuidade da construção”, declarou.

Um dia antes do final do mandato, no dia 30 de dezembro, a administração do prefeito Alcides Bernal (PP), divulgou nota no site da Prefeitura afirmando que “abriu uma tomada de contas especial para apurar os fatos relativos ao convênio”.

“O convênio venceu em 18/12/2016 e não foi renovado pela administração municipal, pois das 300 casas, somente 42 foram entregues concluídas e as demais inacabadas, descumprindo o cronograma especificado no convênio”, declarou a administração.

A Morhar recebeu, de acordo com o que foi divulgado em Diário Oficial, R$ 3,6 milhões para o projeto.

 

*matéria alterada às 19h14 para acréscimo de informações

 

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