Prefeitos do interior dizem que retomam aulas com caos nas estradas

Eles haviam solicitado adiamento mas governo negou

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Eles haviam solicitado adiamento mas governo negou

Cerca de 45 dos 79 prefeitos haviam solicitado que fosse adiado o início do ano letivo da rede estadual para o mês de março, mas o pedido foi negado pelo governo do Estado. Desta forma, os estudantes retomam as atividades entre essa segunda-feira (13) e a próxima, dia 20, mas os chefes de executivo municipal elencam que os problemas com estradas e ônibus escolares, por exemplo, continuam.

O prefeito de Nioaque, Valdir Júnior (PSDB), foi um dos que assinou o pedido para o adiamento. Na ocasião ele havia dito que os ônibus escolares do município, que transitam pela área rural, estavam sem combustível e com problemas mecânicos. Ao ser questionado nessa segunda, ele disse que definiu por iniciar no dia 20 as aulas.

“Entre os problemas que encontramos ao assumir a prefeitura, conseguimos colocar a folha de pagamento em dia, mas as aulas decidimos iniciar no dia 20. Isso por que as escolas estão recebendo suas manutenções e já iniciamos as recuperações das estradas e ônibus”, disse Junior.

O prefeito de Amambai, Ednaldo Luiz Bandeira, também do PSDB, foi outro que engrossou o pedido pelo adiamento do calendário. Ele havia destacado que as estradas por onde circulam os ônibus escolares encontram-se em péssimas condições e que o processo licitatórios para contratar empresas de transporte escolar demanda tempo.

“As aulas começam nessa segunda-feira, dia 13. Os ônibus estão revisados, porém as estradas continuam muito castigadas pelas chuvas, até por que os maquinários, como pás-carregadeiras, patrolas e retroescavadeiras estão em péssimo estado de conservação. De qualquer forma, para que os alunos não tenham prejuízo no aprendizado, decidi por iniciar nesta data”, enfatizou.

José Fernando Barbosa dos Santos (PSB), o Fernando Dentista, prefeito de Selvíria optou por iniciar as aulas no próximo dia 20 e nesta semana somente o calendário pedagógico. “Vamos manter conforme determinado para não atrapalhar o ano letivo”, resumiu-se a dizer.

Derlei João Delevatti, outro tucano, prefeito de Porto Murtinho ressaltou na ocasião vários problemas encontrados no município e era um dos que gostaria que fosse adiado o início das aulas. Com a negativa, ele optou por iniciar na próxima semana.

“A partir dessa segunda-feira (13), teremos uma jornada pedagógica com duração de uma semana. A semana que vem daremos início as aulas. Realmente gostaria que tivesse sido adiado, mas pelas condições do calendário não podemos entrar janeiro com aulas”, enfatizou o prefeito.

Sobre a situação da cidade, ele diz que pouca coisa mudou. “Estradas nem tanto com os problemas, pois foram feitas reformas nas rodovias estaduais e a chuva até o momento não foi tão intensa assim. Já as condições dos ônibus, assim como os demais maquinários da prefeitura estão sucateados”, finalizou.

Já Hélio Peluffo (PSDB), prefeito de Ponta Porã, foi um dos que não queria que fosse adiado o início das aulas, mesmo com problemas. “As aulas iniciarão nesta segunda-feira (13). Os problemas de estrutura física nas escolas continuam, não estão em condições ideais, mas estamos fazendo manutenções. Com relação ao transporte está revisado. Se fosse adiado teria aulas no sábado que acaba não indo aluno”.

Governo

Quando esse pedido ocorreu no mês de janeiro, o governo do Estado, por meio da vice-governadora em exercício na ocasião, Rose Modesto (PSDB) informou que não iria mudar a data do início das aulas por que todo o calendário já havia sido feito e isso implicaria no cronograma já elaborado.

Dessa forma ficou determinado que na Capital começaria nesta segunda-feira, dia 13 de fevereiro e os municípios do interior poderiam escolher entre essa data ou no máximo a próxima semana, dia 20.

Os alunos matriculados no período integral irão começar dia 20. A rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul tem 250 mil alunos e 366 escolas.

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