Prefeito admite importância de protestos, mas acha que Capital será prejudicada
Protestos devem ser registrados em todo Brasil
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Protestos devem ser registrados em todo Brasil
Marcados para a próxima sexta-feira (28), os protestos contra as reformas do Governo Michel Temer (PMDB) que devem paralisar vários setores da Capital já preocupam o prefeito Marquinhos Trad (PSD). Em agenda pública na tarde desta terça-feira, o prefeito afirmou que as manifestações vão “atrapalhar a cidade”.
Mesmo considerando os problemas que fechamento de escolas, unidades de saúde, delegacias e até paralisação dos ônibus trarão para a cidade, Trad afirmou que algumas greves “são de interesse da nação, da coletividade”.
O prefeito disse, ainda, que a administração vai se adaptar nos horários. Em relação às aulas na Rede Municipal de Ensino (Reme), Trad explica que haverá reposição das aulas perdidas provavelmente em um sábado letivo.
Sobre a paralisação dos ônibus, ainda não houve comunicado do sindicato à prefeitura sobre a duração do protesto. “Não se pode punir quem pode ser prejudicado”, completou.
GREVE GERAL
Conforme explicou o coordenador do Fórum Estadual Contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, Weberton Sudário, a população deve estar preparada pois o ritmo dos serviços – mesmo aqueles essenciais – deve diminuir ou até paralisar. A greve terá um ponto de encontro, às 8h, na Praça Ary Coelho, região central. Não há um itinerário confirmado, mas as categorias devem marchar pelo centro. O Comitê espera um número maior do que o último protesto no dia 15, que levou cerca de 15 mil pessoas para a rua.
“Não adianta sair de casa na sexta-feira e dizer que não avisamos que não teria ônibus, comércio aberto. Fique em casa que é menos dor de cabeça ou venha pra rua lutar”, pontuou.
O Fórum realizou coletiva de imprensa nesta terça-feira (25), onde estiveram presentes representantes de algumas das categorias que aderem à greve. Presidente do Sinpol-MS (Sindicato dos policiais civil de Mato Grosso do Sul), Giancarlo Miranda enfatizou que na sexta-feira as delegacias funcionam em regime de emergência. Só flagrantes e casos graves envolvendo crianças e idosos serão registrados. Dos cerca de 3 mil policiais civis que atuam em Mato Grosso do Sul, somente cerca de 500 irão trabalhar.
O Fórum também informou que os profissionais da sáude devem paralisar. Durante o ato, pela manhã, eles estarão em frente aos hospitais protestando. O atendimento nos locais só ocorre em regime de urgência. Nenhum ônibus irá operar no sistema de transporte público municipal. É o que informou o presidente do Sttcu (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), Demétrio Ferreira de Freitas. Nenhum ônibus deve sair da garagem na sexta-feira. Ainda não há definição se a paralisação do serviço ocorre durante o dia todo.
Servidores federais também aderem à greve. Professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) irão realizar manifestação em frente à sede do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), e depois encontram-se com as demais categorias.
Até o comércio no centro paralisa. Diversos estabelecimentos deverão fechar, conforme o presidente do Fetracom/MS (Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul), Estevão Rocha.
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