PF investiga juiz que acusa ministro de receber propina para soltar governador

Áudio com supostas acusações deve ser alvo de inquérito  

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Áudio com supostas acusações deve ser alvo de inquérito

 

Um áudio que  seria de autoria de autoria do juiz Glaucenir Silva de Oliveira, o responsável por determinar a prisão do ex-governador Anthony Garotinho (PR) no mês passado, faz duras críticas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, que não gostou do que ouviu e pediu investigação da Polícia Federal.

No áudio, que circula nas redes sociais, o juiz acusa o ministro de receber propina para liberar da prisão o ex-governador e sua esposa, a ex-governadora Rosinha Matheus (PR).

“O que se cita aqui dentro do próprio grupo dele é que a quantia foi alta, vocês entendem o que estou falando…quem sabe ler um pingo e letra, vai entender a sujeirada que Gilmar está fazendo…Gilmar não tem vergonha na cara, ele mela o trabalho sério que a gente faz com sarcasmo, com falta de vergonha”, dispara no áudio a voz que pertenceria a Glaucenir.

De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, Mendes já solicitou abertura de inquérito pela PF para apurar se a voz é mesmo do juiz responsável pela 100ª zona eleitoral do Rio de Janeiro.

A Rádio CBN divulgou trecho do pedido do ministro no qual ele afirma que as acusações são caluniosas, e alega que pauta suas decisões, como a soltura de Garotinho e outros réus em esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, no ‘respeito às leis e à Constituição Federal’.

“Essa crise do judiciário que está chefiada pelo ‘querido’ Gilmar Mendes, para não dizer outra coisa, e que está sendo alvo de chacota na mídia inteira, parece que não tem fim. (…) todos os réus do processo, são 8, estão livres para fazerem o que quiserem e bem entenderem”, diz outro trecho do áudio.

O próprio Garotinho disse em nota que vai solicitar perícia no áudio, e que, se comprovado autoria do juiz, abrirá um processo criminal contra ele. Glaucenir acusou o ex-governador de tentar suborna-lo antes da prisão, por meio de terceiros. 

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