Moka sugere procurador que denunciou Dilma no lugar de Teori

Indicado atua junto ao Tribunal de Contas da União

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Indicado atua junto ao Tribunal de Contas da União

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) divulgou, pela conta do Facebook, que “diante de algumas perguntas de meus seguidores nas redes sociais sobre o saudoso ministro Teori, que morreu ontem em trágico acidente de avião, sugiro o nome do procurador de Contas do TCU (Tribunal de Contas da União), Júlio Marcelo de Oliveira”.

Conforme a divulgação, o procurador, tido como peça-chave no processo que motivou o impeachment de Dilma, o senador sul-mato-grossense, completou. “Perfil muito parecido com o do ministro morto: discreto e competente. É formado em Direito pela Universidade de Brasília”.

Para levar adiante a proposta do senador Moka, o procurador do TCU teria de ser escolhido pelo presidente Michel Temer.

Notável saber jurídico e reputação ilibada são características indispensáveis do eventual nomeado a vaga de ministro do STF (Superior Tribunal Federal).

Teori Zavaski, que era o relator da Lava Jato, maior investigação que envolvera políticos e empresários que se tem notícia no Brasil, por exemplo, foi nomeado pela presidente Dilma. Ele chefiava o STJ (Supremo Tribunal de Justiça), tido na escala Poder Judiciário, como a segunda maior corte do país, ficando atrás somente do STF. Antes, era advogado.

“Pedaladas fiscais”

O indicado pelo senador Moka, o procurador do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo, á vaga de Teori, foi quem investigou e denunciou os crimes fiscais que sustentaram juridicamente o pedido de saída de Dilma da presidência da República.

O procurador foi quem teria descoberto, três anos atrás, os atrasos nos repasses de recursos do Tesouro Nacional para os bancos estatais, com a intenção de mascarar os rombos nas contas públicas do governo.

“O governo [de Dilma] quis fazer uma performance vistosa para a sociedade sem ter arrecadação suficiente”, disse o procurador do MPU, em entrevista no programa Roda Vida, da TV Cultura, no ano passado. Este caso ficou conhecido com as “pedaladas fiscais”.

No processo que validou o impeachment de Dilma, em agosto do ano passado, Júlio Marcelo, que seria testemunha em depoimentos no Senado, virou informante.

A defesa de Dilma, à época, contestou a seriedade do procurador. Isso porque antes de sair do governo, de o Senado definir pelo impeachment, Júlio Marcelo, teria agido como um “militante” pela derrocada da presidente.

Foi o então presidente do STF, Ricardo Lewandowski, quem concordou com o argumento da defesa de Dilma e tirou o procurador do rol das testemunhas.O procurador teria convocado, pelo Facebook, manifestações contra a então presidente.

 

Conteúdos relacionados

senadora ministério