Leito na Santa Casa custa metade do valor gasto no Hospital Regional

Vagas mantidas com verba pública são mais caras

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(Foto: Reprodução
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Vagas mantidas com verba pública são mais caras

O custo diário de uma internação nos dois maiores hospitais do Estado, a Santa Casa de Campo Grande e o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso de Sul) varia 100%, vai de R$ 38 mil a R$ 79 mil.

Os números são de um levantamento feito pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), e dão conta ainda que em um hospital privado da Capital (ligado a um plano de saúde) os valores de uma internação não passam de R$ 20 mil.

“O modelo público é ineficiente. E a culpa não é o servidor público que além de trabalhar, por exemplo, no hospital público, trabalha também na Santa Casa ou no hospital da Unimed. O modelo é ruim, serve como aparato político-ideológico e isso não é interessante à população”, disparou o secretário estadual de saúde, Nelson Tavares.

Segundo ele, um defensor da privatização do setor, o problema não é a falta de recursos para a saúde, mas a gestão das verbas destinadas ao custeio da saúde pública.

Para o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade responsável pela Santa Casa, Esacheu Nascimento, além da gestão, salários de funcionários influenciam na discrepância dos valores.

“Hospitais públicos tem funcionários com valores (salários) mais altos do que a gente paga, por exemplo, e depois eles têm dificuldade de compra (produtos e insumos), só por licitação, e a gente participa de plataforma (de compra) que consegue preços melhores disponíveis por dia”, explicou Esacheu.

Tavares revelou ainda que a Santa Casa recebe, por mês, cerca de RS 20,3 milhões de recursos públicos, e o HRMS, R$ 25 milhões. Para o secretário, a baixa resolutividade oferecida nas unidades de saúde de baixa complexidades, aumentam a demanda nos hospitais e, consequentemente, a necessidade de mais recursos para atendimento à população.

“Depois de ser atendido duas, três vezes na UPA, ele [paciente] é levado para a Santa Casa. Ou seja, a UPA não oferta resolutividade [não resolve o problema]”, finalizou o titular da SES.

A reportagem procurou o hospital privado citado por Tavares cuja internação custa R$ 20 mil, que respondeu, por meio de sua assessoria, que as informações sobre custos de cuidados médicos de pacientes são sigilosas. 

(Colaborou Mariana Anjos)

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