Ex-ministro Antônio Palloci decide fazer delação premiada na Lava Jato

A Folha informou que o petista já iniciou tratativas com força tarefa

Réu em dois processos que tramitam na Justiça Federal em Curitiba (PR), o ex-ministro Antônio Palocci também optou por fazer um acordo de delação premiada, no âmbito da Operação Lava Jato.

Segundo o Jornal Folha de São Paulo, Palocci já teria inclusive avisado seu advogado, o criminalista José Roberto Batochio, para deixar o caso, já que o profissional seria contrário a esse tipo de acordo.

Dois advogados curitibanos, Adriano Bretas e Tracy Reinaldeti, já teriam iniciado as tratativas com Palocci com vistas à delação, já encaminhada com a força tarefa da Lava Jato. Segundo o Jornal, o ex-ministro agora precisa desistir de um pedido de habeas corpus feito ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Para a Polícia Federal, Palocci é o ‘Italiano’ citado como recebedor de repasses da Construtora Odebrecht, condinome que também foi atribuído a ele pelo ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht.

Além das delações da empreiteira, o ex-ministro também pode figurar no esquema de irregularidades de empréstimos do BNDES para o grupo JBS, em um montante que ultrapassa R$ 8 bilhões. Uma das hipóteses é que o PT ficaria com parte do valor dos financiamentos liberados pelo banco à multinacional.

Antônio Palocci, que chefiou o ministério da Fazenda no governo Lula e a Casa Civil na gestão Dilma Rousseff, chegou a ser preso em setembro de 2016, em uma das fases da Lava Jato, a ‘Omertà’.