Acordos do grupo JBS já foram alvos de revisão
O escândalo nacional envolvendo os executivos da J&F, grupo que controla entre várias empresas a JBS, teve reflexos em todo o Brasil. Em Mato Grosso do Sul, além de abertura da CPI na Assembleia Legislativa e revisão de incentivos fiscais dados pelo Governo do Estado ao grupo, mais uma consequência deve ser registrada no Estado.
Em agenda pública nesta terça-feira (12), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) admitiu que o Estado irá revisar todos os termos de incentivos fiscais firmados com 1.199 empresas.
De acordo com Reinaldo, esses incentivos tributários são uma resposta do Estado aos benefícios que as centenas de empresas se comprometeram a gerar, entre eles abertura de vagas de emprego.
Com o escândalo da JBS e conclusão de que muita coisa prometida não saiu do papel, o Estado decidiu revisar as centenas de documentos que fazem partes dos outros acordos de incentivos.
“O Estado vai analisar todos os 1.199 acordos para ver se elas [empresas] cumpriram os acordos ou se existe algum problema documental”, completou o governador.
E a JBS?
Criada em junho deste ano, a CPI das Irregularidades Fiscais, sob comando do deputado Paulo Corrêa (PR), analisa os mais de 30 termos de incentivos firmados entre o Governo e o grupo JBS.
Apesar dos trabalhos ainda não terem sido finalizados, os integrantes da CPI afirmam que indícios de irregularidades já foram encontrados. Ou seja, para os deputados, o grupo JBS não criou os benefícios prometidos e que justificariam isenção tributária.