Em nota, deputada diz que decisão do PSB em fechar questão sobre reformas foi arbitrária

Tereza Cristina votou favorável a reforma trabalhista e contrariou sua sigla

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Tereza Cristina votou favorável a reforma trabalhista e contrariou sua sigla

Após ter votado favorável a reforma trabalhista, contrariando a determinação de seu partido nacionalmente, para que todos parlamentares votassem contra a reforma citada e da previdência, a deputada federal por Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina (PSB), disse, por meio de nota, que a decisão foi arbitrária.

A decisão em que o PSB fechou questão para eu seus deputados votassem contra a reforma trabalhista foi divulgada no último dia 24 e na nota, a parlamentar explica que a os 21 deputados e 5 senadores entraram, dois dias depois (26), com recurso contra a decisão por entenderem que a Comissão Executiva Nacional do PSB não teria competência para deliberar acerca do fechamento de questão.

Ainda de acordo com a nota, assinada pela deputada, como líder do PSB na Câmara e pelo Senador Fernando Bezerra, líder do PSB no Senado Federal, cada parlamentar votou de acordo com a sua posição pessoal, em observância ao princípio democrático intrapartidário.

Eles finalizaram dizendo que esperam e confiam na reconsideração da decisão da Comissão Executiva, e na abertura do diálogo sobre os temas em debate. Quanto ao recurso, ainda não houve decisão, pois não teve tempo hábil para o mesmo.  

A deputada votou favorável a reforma trabalhista e por conta disso ela foi destituída da função de presidente regional da legenda em Mato Grosso do Sul, mas segue na liderança do partido na Câmara, segundo informou sua assessoria de imprensa. 

Confira a nota de esclarecimento na íntegra:

Em atenção à decisão proferida pela Comissão Executiva Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em 24 de abril de 2017, que definiu de forma arbitrária pelo fechamento de questão contra as reformas trabalhista e previdenciária, as Lideranças do PSB na Câmara dos Deputados Federais e no Senado Federal vêm esclarecer que:

1) Em 26 de abril de 2017, foi interposto recurso por 21 Deputados Federais e 5 Senadores contra a referida decisão da Comissão Executiva Nacional do PSB, por entenderem que o referido órgão não teria competência para deliberar acerca do fechamento de questão, bem como que era imprescindível a participação efetiva dos parlamentares filiados ao PSB na tomada da decisão partidária de tamanha relevância, o que não foi oportunizado pela Comissão Executiva.

2) Como não houve tempo hábil para o julgamento dos recursos, cada parlamentar votou de acordo com a sua posição pessoal, em observância ao princípio democrático intrapartidário (CF, art. 17), à liberdade de manifestação do pensamento e de convicção política.

3) Diante desse contexto, as Lideranças do PSB da Câmara e do Senado confiam na reconsideração da decisão da Comissão Executiva, e na abertura do diálogo sobre os temas em debate, principalmente considerando a opinião dissonante de outros importantes quadros partidários, como, por exemplo, os Governadores do Distrito Federal e de Pernambuco, Rodrigo Rollemberg e Paulo Câmara, o Vice-Governador de São Paulo Márcio França, e o Presidente da Frente Nacional de Prefeitos e Prefeito de Campinas Jonas Donizette, dentre vários outros. Além disso, esperam que não seja tomada qualquer decisão açodada e antidemocrática em retaliação às posições assumidas pelos parlamentares, uma vez que a opção pela democracia e pluralidade não é apenas basilar, como também é o que sempre diferenciou o PSB dos demais partidos de orientação ideológica de esquerda.

Deputada Federal Tereza Cristina

Líder do PSB na Câmara dos Deputados

Senador Fernando Bezerra

Líder do PSB no Senado Federal

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