Toda cúpula do partido se reúne em Brasília
A cúpula do PMDB no país, incluindo o presidente Michel Temer, se encontra na manhã desta terça-feira (19), em Brasília (DF) para a convenção extraordinária do partido, que dentre outras decisões, deve oficializar a mudança de nome da sigla.
Já nas eleições de 2018 o partido deve se apresentar como MDB (Movimento Democrático Brasileiro), mudança que deve ser confirmada no evento de hoje, que ainda não definirá outros pontos importantes para a sigla, como uma eventual reeleição de Michel Temer.
Denunciado no âmbito da Operação Lava Jato pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, o presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá, que chegou a ser gravado sugerindo que a ‘sangria’ das investigações fosse ‘estancada’, afirmou que o partido precisa ser duro com ‘traidores’.
“Não podemos ser um partido que está falando uma linguagem contrária ao que o partido faz a nível nacional. Discordar é importante, debater é importante, temos que ter vozes dissonantes, é importante, faz parte da democracia. Agora, não podemos ter uma pessoa querendo implodir um partido, atirando contra o partido e fazendo ações deliberadas para atacar o presidente da República”, afirmou.
O PMDB expulsou recentemente a senadora Kátia Abreu, que divergiu de Temer e de projetos de interesse da sigla no Congresso, e pode repetir o mesmo com o também senador Roberto Requião, ex-governador do Paraná.
Outro peemedebista que também pode sofrer retaliações é o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, que não poupa críticas ao presidente da República e aliados, como o agora ministro da secretaria de governo, Carlos Marun.
O líder do partido na Câmara, deputado Baleia Rossi, disse que a legenda ainda busca um nome para disputar a eleição presidencial em 2018.
Com a alta rejeição e baixa popularidade, Temer, que precisou enfrentar duas denúncias de corrupção apresentadas contra ele pelo MPF (Ministério Público Federal) no Congresso Nacional, estipulou como principal objetivo para 2018 a aprovação da reforma da previdência, deixando uma eventual decisão de reeleição para depois do Carnaval.