Deputados de MS pedem cancelamento de jogos de sexualidade para escolas

Licitação foi aberta para escolas da Capital

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Licitação foi aberta para escolas da Capital

Alguns dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul solicitaram nesta terça-feira (4) que a Prefeitura de Campo Grande cancele a licitação para compra de jogos de sexualidade. Nesta segunda, a administração municipal informou que pagará R$ 80 mil pelos jogos de sexualidade humana e brinquedos educativos e lúdicos para a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Paulo Siufi (PMDB) disse ser um absurdo “colocar isso nas escolas”. “Acredito que o prefeito será sensível e não vai dar continuidade a esse processo. Não podemos fazer essa aberração com as crianças de Campo Grande”.

Lídio Lopes (PEN), que é marido da vice-prefeita Adriane Lopes, afirmou que pediu a ela e ao prefeito Marquinhos Trad (PSD) que cancelem a licitação. “Todas as licitações que foram abertas na gestão passada foram continuadas, mas eu já falei com o prefeito e ele disse que não vai comprar esses livros”, afirmou.

Rinaldo Modesto (PSDB) acredita que não há fundamento em colocar este tipo de ensinamento para as crianças. Herculano Borges (SD) acusou o Ministério da Saúde e secretarias de educação de “usurparem o direito dos pais de alarem sobre o assunto com seus filhos”.

A licitação

Nesta segunda-feira (3), a Prefeitura de Campo Grande tornou público quais serão as empresas que irão fornecer jogos de sexualidade humana e brinquedos educativos e lúdicos para a Semed (Secretaria Municipal de Educação) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

A compra dos jogos, avaliada em R$ 80 mil, inclui jogos de matemática, futebol, meio ambiente, amarelinha, fantoches, jogos educativos sobre a dengue, Jogo de Corpo e Vale Sonhar.

A licitação, aberta em junho do ano anterior, gerou polêmica na Capital, pois pessoas começaram a questionar qual seria a utilidade dos jogos de sexualidade humana, e se seriam brinquedos sexuais.

À época vereador, o deputado Paulo Siufi (PMDB) chegou a levar o assunto à tribuna na Câmara de Campo Grande. “Jogos educativos e lúdicos e jogos de sexualidade humana. Quais seriam esses jogos que não estão discriminados na licitação?”, disse Siufi.

Em nota, a assessoria da Sesau informou que os jogos de sexualidade humana não se tratavam de brinquedos para estimular a atividade sexual, e sim para trabalharem na prevenção da iniciação sexual precoce e estimular o combate a DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

“Adolescentes que passam por um trabalho de educação em sexualidade são estimulados a iniciar a vida sexual mais tarde. Para os que já têm vida sexual ativa, a tendência é que se aumente o uso de métodos contraceptivos, reduzindo assim o número de gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis”, dizia a nota.

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