Deputado reclama de ‘acordo quebrado’ e eleição na CCJ vai para disputa

Lídio Lopes e Beto Pereira querem comandar comissão

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Lídio Lopes e Beto Pereira querem comandar comissão

Estava marcada para a reunião desta terça-feira (21) a eleição da diretoria da mais importante comissão da Assembleia Legislativa, a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), mas uma disputa entre deputados atrasou o pleito e pode mudar a composição do grupo.

O atual presidente da comissão, deputado Lídio Lopes (PEN) expressou desejo de continuar conduzido os trabalhos, mas enfrentou a concorrência do tucano Beto Pereira, que apresentou um requerimento que pode mudar, inclusive, a composição da CCJ.

“Ele viu que ia perder no voto”, disparou Lídio.

“A gente tinha um acordo e esse acordo foi desfeito”, rebateu Beto Pereira.

Atualmente a CCJR é composta por dois membros indicados pela bancada do PSDB, o próprio Beto e Rinaldo Modesto (PSDB), outros dois indicados pela bancada liderada pelo PMDB, Lídio e Renato Câmara (PMDB) e um indicado pelo PT, Pedro Kemp, que inclusive preside temporariamente os trabalhos por ser o mais velho entre os colegas.

O regimento prevê a divisão do número de deputados da Casa, 24 ao todos, pelo número de vagas em cada comissão, cinco, o que representa 4.8, ou seja, a bancada precisa ter pelo menos 9 deputados para indicar duas vagas, e apenas a bancada do PSDB tem um número suficiente de parlamentares, 11 no total. A bancada peemedebista, incluindo partidos menores que a integram, possui apenas 8.

Kemp explicou que agora o impasse será discutido com os líderes do partido, e há possibilidade do PMDB, que indicou Lídio e Câmara, perder uma vaga na CCJ, que iria para o colo do PSDB, o que garantiria a vitória na eleição para presidente ao tucano Beto Pereira.

 A definição agora ficará para a próxima semana. Até lá, Kemp permanece à frente dos trabalhos, e deverá ser do petista a responsabilidade por encaminhar a relatoria do projeto de reforma administrativa do governo a um colega. A proposta ainda não foi lida na Casa, mas o líder do governo, Rinaldo, revelou que pedir que a matéria tramite em regime de urgência. 

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