Delatados pela Odebrecht, políticos de MS aparecem na ‘Lista do Fachin’
Zeca e Vander vão responder a inquérito
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Zeca e Vander vão responder a inquérito
Dois deputados federais do PT em Mato Grosso do Sul estão na lista de políticos investigados a pedido do relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal). Os nomes foram tornados públicos nesta terça-feira em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.
Ao todo são 42 deputados, entre os quais estão Zeca do PT, ex-governador de Mato Grosso do Sul por duas vezes, e Vander Loubet, cujo nome já havia sido ligado à investigação. Zeca é tio de Vander.
Zeca, ao ser procurado pela reportagem do Jornal Midiamax, disse desconhecer a informação. Negou, também, qualquer envolvimento com as irregularidades apontadas na Lava Jato. Não sei nem o porquê disso, nunca vi esse povo, nunca tive relação com esse pessoal da Lava Jato e não tenho nem ideia do que se trata.
Vander Loubet disse que vai aguardar a manifestação do STF para se pronunciar sobre o assunto. Por meio de nota, ele informou que suas doações de campanha foram regulares. No dia 14 de março, ele já havia se tornado réu em outro processo da Lava Jato, cuja relatoria está a cargo do também do ministro Fachin. Nesta ação, ele responde, junto com o advogado Ademar da Chaga Cruz e o ex-ministro Pedro Paulo Leoni, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
A acusação contra Vander é de recebimento de R$ 1 milhão em propina, vinda da BR-Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A decisão é da Segunda Turma do STF que, por unanimidade, acatou voto do relator.
De acordo com o que o Jornal paulista publicou, a lista atinge em cheio o alto poder federal. Os crimes mais frequentes descritos pelos delatores são de corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, e há também descrições a formação de cartel e fraude a licitações.
Conforme o material divulgado, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), contra nove ministros do governo Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes da Câmara Federal e Senado. São 83 decisões do magistrado do STF, obtidas com exclusividade pelo O Estado de S.Paulo.
Aparecem na lista os senadores Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, e Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, são os políticos com o maior número de inquéritos a serem abertos: 5, cada. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL), ex-presidente do Senado, vem em seguida, com 4.
No total, são 108 alvos dos inquéritos que a Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao STF), tendo como base as delações dos 78 executivos e ex-executivos do Grupo Odebrecht, todos com foro privilegiado no STF. Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, não aparecem nesse conjunto porque não possuem mais foro especial.
Os depachos, segundo o jornal, foram assinadsos em 4 de abril. Serão investigados, também, um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 24 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem foro no tribunal, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.
(Matéria atualizada às 17h16 para acréscimo do posicionamento do deputado federal Vander Loubet)
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