Pecuarista procurou a PF querendo acordo

O empresário e pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda foi alvo da Operação Lama Asfáltica e também da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista. Na mira das investigações, ele procurou a Polícia Federal no último mês de agosto e obteve algumas garantias em seu acordo de delação premiada.

Polícia Federal e MPF (Ministério Público Federal) se comprometeram a pleitear junto à Justiça Federal, a garantia a Ivanildo ao cumprimento da pena em casa (prisão domiciliar), sem uso de tornozeleira eletrônica e, ainda, devolução aos cofres públicos de R$ 3,6 milhões, em seis parcelas.Delação garante a Ivanildo prisão em casa, sem tornozeleira e multa parcelada

Apesar das garantias concedidas ao empresário, que além de Puccinelli também citou ‘outros’ agentes públicos em sua delação, o montante da multa é pequeno, se comparado ao que ele recebeu durante os anos que operou a propina para o ex-governador.

O próprio Ivanildo contou que recebia entre os anos de 2007 a 2010 valores mensais entre R$ 60 mil a R$ 80 mil, e após 2011 até 2013, esse valor, em alguns meses, chegava a R$ 220 mil.

No acordo havia previsão de que a colaboração de Ivanildo deveria ser ‘frutífera’ para ‘persecução penal’. O que já se mostrou efetivo, uma vez que a delação do pecuarista foi uma das bases quem embasaram a 5ª fase da Lama Asfáltica, denominada Papiros de Lama.

 Na colaboração ficou estabelecido que se Miranda cometer algum crime, no período de vigência da delação, o acordo poderá ser revisto. Outra possibilidade acordada com a PF foi garantia de proteção policial ao delator e sua família.