De ‘fiasco’ a ‘greve do século’, deputados divergem sobre paralisação

Ato é contrário a reformas da Previdência e Trabalhista 

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Ato é contrário a reformas da Previdência e Trabalhista 

Deputados que representam Mato Grosso do Sul na Câmara Federal divergem sobre a greve geral marcada para esta sexta-feira (28). O movimento nacional, em manifesto às reformas trabalhista e da Previdência, apresentadas pelo Governo Federal, vai paralisar diversos setores da sociedade. Entre eles, hospitais, comércio e transporte público. Há parlamentar que diga que o movimento será “a maior greve que o Brasil já viu”, mas também outros que apostam no fiasco. 

Geraldo Resende (PSDB), classifica a greve geral como “um desperdício ao país”, num momento em que segundo ele, reformas são necessárias. Para o deputado, o ato tem cunho político. “O tiro vai sair pela culatra e vai ser um fracasso. Essa greve tem o objetivo de fortalecer o PT  e seus puxadinhos que foram defenestrados do governo e agora querem desgastar o governo que assumiu. Isso prejudica a maioria do nosso povo que não está afim de paralisar”, disse.

Diferente de Resende, Dagoberto Nogueira (PDT) afirma que que o protesto será “a maior greve na história do país”, já que segundo ele, todos os “trabalhadores estão sendo massacrados com as reformas propostas pelo Governo”. “Vai ser algo muito grande que não tem adesão apenas de centrais sindicais, mas do povo em geral, que está sentindo seus direitos serem lapidados”, afirmou.

Zeca do PT é outro parlamentar que aposta fichas no movimento, que ele classifica como “a greve do século”. Para o deputado, a reforma da Previdência e trabalhistas são propostas que “atendem interesses dos grandes empresários e do mercado internacional”. “Nunca vi expectativa tão grande para uma paralisação geral no Brasil, o que demonstra o total inconformismo do povo trabalhador contra essas reformas descabidas de um governo ilegítimo”, disse.

O deputado federal Carlos Marun (PMDB), que presidiu comissão que analisou a reforma da Previdência na Câmara, limitou-se a dizer que o movimento é legítimo e afirmou que, por causa dos ajustes que segundo ele têm sido incorporados nas reformas, “o movimento não será tão forte”, concluiu.

Greve Geral em MS

Mais de 200 entidades, diversas categorias e setores que vão do transporte público e privado à saúde pública: todos aderem à greve geral que ocorre na sexta-feira (28) contra as reformas em vigência no Congresso, projetos do Executivo Federal. O ‘levante’ estimado pelas centrais como o maior dos últimos 30 anos é uma resposta às Reformas da Previdência, Trabalhista e contra a aprovação da terceirização total.

Conforme explicou o coordenador do Fórum Estadual Contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, Weberton Sudário, a população deve estar preparada pois o ritmo dos serviços – mesmo aqueles essenciais – deve diminuir ou até paralisar. A greve terá um ponto de encontro, às 8h, na Praça Ary Coelho, região central. Não há um itinerário confirmado, mas as categorias devem marchar pelo centro. O Comitê espera um número maior do que o último protesto no dia 15, que levou cerca de 15 mil pessoas para a rua.

“Não adianta sair de casa na sexta-feira e dizer que não avisamos que não teria ônibus, comércio aberto. Fique em casa que é menos dor de cabeça ou venha pra rua lutar”, pontuou.

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O Presidente da ASMMP, Fabrício Secafen Mingati, que também assinou a nota conjunta (Reprodução, MPMS)