CPI vai pedir acordo internacional para bloquear bens da JBS fora do Brasil

Querem indisponibilidade de R$ 730 milhões

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Querem indisponibilidade de R$ 730 milhões

Os deputados estaduais estão prestes a tentar acordo de cooperação internacional para bloquear valores do grupo JBS fora do Brasil, com intuito de garantir integral ressarcimento do que a empresa conseguiu com os Tares (Termo de Ajustamento de Regime Especial) firmados com o governo de Mato Grosso do Sul. A informação consta em recurso ingressado pela Assembleia Legislativa e CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que tenta derrubar decisão que determinou segundo bloqueio de bens à companhia.CPI vai pedir acordo internacional para bloquear bens da JBS fora do Brasil

Segundo os autos, a Assembleia e a CPI “estão em vias de formular pedido de cooperação internacional para bloqueio de ativos financeiros em nome do grupo econômico e dos diretores em outros países para assegurar o resguardo da integralidade dos mais de 730 milhões devidos ao Estado de MS –, já que, até o momento, o bloqueio se limitou a menos do que 10% deste total”.

Donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista também são proprietários de mais de 50 marcas e atuam em 22 países dos cinco continentes do mundo. Entre eles, Estados Unidos, Itália, Holanda, Argentina, Irlanda e Austrália, com marcas como Swift, La Herencia, Maturatta, Pilgrim’s, Moypark, 1855, 5 Star, King Island, Primo e Beehive.

E não se limita ao ramo alimentício, os negócios em outros setores estão reunidos na holdng J&F Investimentos tida como ‘maior grupo econômico privado do país’. Em 2007 o Grupo comprou a norte-americana Swift, por 1,4 bilhão de dólares, e se tornou a maior empresa de alimentos de origem bovina do mundo.

Tentativa

A Justiça federal chegou a determinar bloqueio de bens no valor de R$ 60 milhões da família Batista, incluindo o pai e outro irmão de Joesley, bem como da J&F Investimentos S/A, J&F Participações, ZMF Participações e outras 21 pessoas físicas.

Após a Polícia Federal argumentar de que o montante era pouco, houve ampliação do bloqueio, sem números revelados. Contudo, no último dia 19, por decisão do desembargador federal Olindo Menezes, do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), os R$ 60 milhões iniciais foram desbloqueados, além de bens das empresas.