Presidência delegou responsabilidade aos executivos 

Diretor presidente do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande), Lauro Davi disse nesta quarta-feira (22) que a Capital soma déficit mensal de R$ 6 milhões e que, com benefícios, chega a R$ 9 milhões. Após o presidente Michel Temer responsabilizar os Estados e municípios pelas reformas dos servidores, o diretor afirma que deve voltar a discutir o assunto com o prefeito Marquinhos Trad.

Foram feitos, segundo Davi, levantamentos prévios de necessidades da previdência municipal para aguardar como chegariam as novas regras gerais nacionais. “Nós iríamos verificar o que viria de reforma que incidisse diretamente nos regimes próprios e analisar a eficácia das medidas locais. Recebemos com surpresa a responsabilização de discutirmos o projeto do jeito que tínhamos”.

Para recuperar o fundo de previdência, Lauro quer discutir um projeto local e estudar os impactos de medidas para captação de recursos, com aumento de contribuição. “Tudo isso tem que ser discutido para que possamos fazer projetos de lei pedindo alterações”.

‘Rombo’ na Previdência

De 2013 para cá, aumentou o déficit da previdência municipal. De acordo com o diretor, o motivo são o aumento de aposentados e os reajustes e benefícios, que também são concedidos a eles.

O deputado estadual Coronel David (PSC) chegou a denunciar ao Ministério Público Estadual o ‘sumiço’ de R$ 110 milhões nos fundos da Previdência Municipal de Campo Grande. Para Davi, não houve desvio nenhum.

“Essa já é uma questão solucionada. O que houve é que o Fundo foi usado para pagar exatamente este déficit mensal, até que se esgotou. Agora, temos que tirar do Tesouro o valor para cobrir essa despesa. É isso que precisamos solucionar com a reforma da previdência municipal”, ressaltou.