Bernal e Puccinelli conversaram sobre ‘golpe’ no PP e cargos federais em MS
Três deputados estariam tentando ‘tomar’ direção do partido
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Três deputados estariam tentando ‘tomar’ direção do partido
O ex-prefeito de Campo Grande e presidente do PP estadual, Alcides Bernal, diz que o encontro da última semana com o ex-governador André Puccinelli (PMDB) foi motivado pelo cenário político nacional. Segundo ele, um dos assuntos, foi o rumor de articulações para tentar tirar de Bernal a direção estadual do partido, que envolveria três deputados federais.
O ex-prefeito de Campo Grande negou que tenha tratado de eventual aliança com Puccinelli nas eleições de 2018, como chegou a ser especulado nas redes sociais, mas também não descartou de vez a possibilidade. “Não fechamos nada nesse sentido. Dialogamos em relação a 2018. Outras situações que envolvem o Alcides Bernal com operações em que também ele está, acho que cada coisa tem seu devido lugar e momento”.
Eleito em 2012 prefeito de Campo Grande e cassado pouco depois, Alcides alegou por muito tempo ter sido perseguido pelo ex-governador Puccinelli. Com as reações de correligionários ao encontro, ele disse que admite parecer uma conversas inusitada, mas emenda que o encontro foi político, ‘não de politicagem’.
Alcides tem afirmado que pretende concorrer a uma vaga no Senado. “Eu gostaria de ser senador”, diz, sem afastar o risco de enfrentar Puccinelli diretamente nas urnas. Se houver necessidade de disputar em uma chapa concorrente, vamos disputar. Chega de baixaria. Vamos disputar com base em propostas de trabalho. Chega de baixaria. Inclusive essa de tentarem tomar o partido”, disse.
Deputados de olho no PP
Sobre a suposta articulação que poderia colocar em risco a direção do PP, Bernal diz que acompanha de perto e que Puccinelli afirmou ‘não ter nada a ver’. Bernal citou, além de Tereza Cristina (PSB), Elizeu Dionizio (PSDB) e Vander Loubet (PT) como os parlamentares que estariam se articulando para migrar para o PP de olho na direção estadual.
Segundo o ex-prefeito, a reunião foi marcada por “uma pessoa que teria contato com ambos”.
“Fui falar com o André como dirigente do PP estadual. E para inclusive quebrar um rótulo que foi criado de que eu não converso com ninguém. A parceria do governo federal, sabedor que sou de que o André é muito amigo do Temer e do Padilha (ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha) e tem a fama de ser quem faz a interlocução de todos os deputados federais e senadores com o governo federal… Eu ando visitando municípios e vendo a necessidade desse respaldo do governo federal”, ponderou.
O ex-prefeito afirmou que o convite foi feito por Puccinelli, que havia dito que ele teria ‘interesse em fazer diálogo’. “Eu disse que não tinha restrição e então conversamos. Não fiz joguinho, fiz questão de ir lá. Há um orgulho, entre aspas, que as pessoas querem aplicar ou me rotular. Comigo sinceramente não existe orgulho e vaidade negativa. Tive orgulho de ter sido prefeito de Campo Grande e vencido as eleições, mas temos que manter os contatos”.
Cargos federais em MS
Alcides, que desde que terminou o mandato não assumiu nenhum cargo no governo estadual e nem federal, afirmou também ter ido lembrar a Puccinelli de que o PP é base aliada do governo Temer e que há, em Mato Grosso do Sul, ‘bons nomes técnicos para ocupar cargos de segundo e terceiro escalão que estão sem gente’.
“Há uma necessidade do governo federal em olhar Mato Grosso do Sul com mais carinho, principalmente saúde e segurança pública, a diminuição de repasses para essas questões, cargos nos órgãos federais que seriam da alçada do PT e estariam sendo ocupados por quem os parlamentares indicariam. Sobre essas questões que tratamos”.
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