Professores protestam contra projeto
Audiência iniciada por volta das 14 horas no auditório da Câmara Municipal de Campo Grande para discutir projeto da “Escola sem Partido”, proposta feita no Estado pela deputada Mara Caseiro (PSDB) foi marcada por protestos que terminaram em confusão. Equipes do Batalhão de Choque da PM, além da força tática e da Guarda Municipal estão no local.
Participam da audiência a deputada que propôs o projeto, o procurador paulista e criador do Escola sem Partido Miguel Nagib, além dos sindicalistas Jaime Teixeira da Fetems (Federação dos Trabalhadores na Educação de MS) e Lucílio Nobre, da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação).
Apesar de ser realizado na Câmara, o evento é organizado pela Assembleia Legislativa. No plenário, dezenas de professores, a maioria contra o projeto, protestam desde o início da audiência.
A proponente do “Escola Sem Partido” no Estado, Mara Caseiro, começou a falar por volta das 14 horas, momento em que foi praticamente impedida pelos professores que manifestam contra o projeto. Palavras de ordem incluindo “fascista” são gritadas pelos educadores, muitos usaram mordaça.
Empurra-empurra é registrado no plenário e equipes da PM foram acionadas para evitar que a proporção da confusão aumente.
Por volta das 16 horas, a deputada Mara Caseira decidiu encerrar a “tentativa de audiência” por conta da confusão.
Projeto
Confira os trechos do projeto que pode ser implantado em Campo Grande:
1 – não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias;
2 – não favorecerá nem ou constrangerá os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosa ou da falta delas;
3 – não fará propaganda político-partidária em sala de aula nem incitará seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas;
4 – ao tratar de questões políticas, socioculturais e econômicas, apresentará aos alunos, de forma justa, as principais versões, teorias, opiniões e perspectivas concorrentes a respeito da matéria;
5 – respeitará o direito dos pais dos alunos a que seus filhos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com as suas próprias convicções;
6 – não permitirá que os direitos assegurados nos itens anteriores sejam violados pela ação de estudantes ou terceiros dentro da sala de aula.