Sessão desta terça-feira (28) terá reforço policial

Após protestos durante a votação da dos servidores estaduais na última semana, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB), se reuniu com deputados e policiais militares, na manhã desta segunda-feira (27), para traçar um plano de segurança e garantir a segunda votação do projeto.

“Nós estamos trabalhando em uma discussão e vamos ver o que fazer com nosso pessoal, com nossa segurança, como organizar para poder garantir a segurança e a integridade física de todo mundo”, relatou Mochi. “Ainda estamos discutindo para ver qual é a melhor alternativa”.

Assembleia prepara esquema especial de segurança para votar reforma

 

O presidente do Legislativo estadual diz que se reuniu com comandantes da Polícia Militar, que estão analisando as medidas que devem ser tomadas para garantir o acesso das pessoas e a segurança dos presentes durantes a sessão desta terça-feira (28), quando está previsto para ser analisado em segundo turno de votação a reforma da Previdência dos servidores estaduais proposto pelo Poder Executivo.

Esta votação estava marcada para ocorrer na última quinta-feira (23), porém, com plenário lotado com cerca de mil manifestantes, que ocuparam a área restrita aos deputados e impediram a votação, a sessão foi encerrada com o adiamento do pleito.

Representados pelo Fórum de Servidores de MS, os trabalhadores voltaram a solicitar aos deputados e ao governo que não haja unificação dos fundos previdenciários, e que o aumento da alíquota seja aplicado apenas a quem ganha acima do teto da previdência (R$ 5,5 mil), para não prejudicar servidores com menores salários, já que em alguns casos o funcionário terá perda salarial em 2018 diante do reajuste de apenas 2,9% em 2017.

O presidente do Conprev (Conselho Estadual de Previdência), Francisco de Assis, explicou que os dois fundos previdenciários, um criado em 2012 para atender os servidores que ingressaram no Estado a partir daquele ano, e outro que custeia a aposentadoria e benefícios dos demais inativos, se unificados, como quer o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), se tornarão deficitários em cinco meses.

Assis revelou que há exatos R$ 377 milhões no Fundo mais atual, e que no mais antigo o Executivo precisa aportar mensalmente R$ 78 milhões mensalmente. O Fórum Estadual dos Servidores está mobilizando a categoria para que a presença maciça da última semana se repita amanhã.