Aliados acham natural que haja pressão para nomeações na Prefeitura

Mas líder garante que não haverá ‘cabide de emprego’

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Mas líder garante que não haverá ‘cabide de emprego’

Após o episódio envolvendo o colunista social Dácio Corrêa, o prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD) disse sofrer pressão para realizar nomeações e subir de cargo comissionados que já estão na gestão. A fala repercutiu na Câmara Municipal onde os aliados consideram ‘natural’ que o pressionem neste sentido, porém não concordam com escolhas não técnicas para ocupar cargos em comissão.

Líder do prefeito na Casa de Leis, Chiquinho Telles (PSD) explicou que pessoas que estiveram ao lado do político durante o processo eleitoral, além de integrantes de partidos aliados, geralmente esperam que sejam nomeadas. Contudo, diante da crise que o Município vive e por não fazer parte do atual projeto de gestão, Marquinhos não vai ceder à pressão.

“É natural que as pessoas queiram continuar ao lado dele, partidos também querem espaço, mas é humanamente impossível atender a todos. Não tem mágica, as pessoas devem ser nomeadas pela capacidade técnica. O prefeito não vai fazer cabide de emprego”, disse. O vereador contou que já há diálogo com as siglas para expor a situação do Executivo.

Para Eduardo Romero (Rede), a população precisa entender que cargo em comissão não gera problema, ao contrário, existem comissionados que estão há anos na administração porque são capazes de exercer a função com excelência.

Sobre a pressão citada por Marquinhos, avalia “fazer parte do processo” e cabe ao gestor saber filtrar os que são capacitados. “Claro que tudo deve ter critérios e ser transparente”, ressaltou.

João César Mattogrosso (PSDB), que anteriormente havia questionado o secretário de Finanças Pedro Pedrossian Neto sobre a quantidade de comissionados no quadro do Município, disse que, embora seja prática adotada há tempos na política, vai fiscalizar.

Ele não concorda com o método de recompensar com cargos indivíduos que estiveram na campanha eleitoral e que não têm preparação para função. “Existem pessoas que fazem compromisso de campanha, mas para essa escolha deve haver critério, ainda mais no momento político que estamos”.

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