Vereadores esperam concorrência redobrada para Câmara em 2016
Foram anos atípicos na política da Capital
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Foram anos atípicos na política da Capital
Faltando pouco menos de um ano para conclusão do mandato, os vereadores de Campo Grande têm ciência de que a concorrência será grande na eleição de 2016 devido aos meses conturbados vividos pela cidade no âmbito político. Além de eleitores mais criteriosos, eles acreditam que novos nomes vão surgir justamente para embarcar na onda do ‘precisamos renovar’.
Como defesa para reeleição cada um terá que elencar os feitos positivos à sociedade de janeiro de 2013 até agora. Mas, mesmo um tanto quanto ameaçados pela situação, todos concordam com o velho ditado “depois da tempestade vem a bonança”.
Vereador de primeiro mandato, Eduardo Romero (Rede Sustentabilidade) observa que não trata-se de uma peculiaridade de Campo Grande, mas sim ao cenário político brasileiro como um todo, fato que gerou amadurecimento do eleitor e o obrigou a participar de fato da política.
“Teve mais participação social e com certeza terão novos nomes, novas pessoas, a sociedade vai avaliar com critério quem prestou serviço e acho que a renovação é indispensável para democracia funcionar”, disse. Ele classificou o atual momento como “espécie de peneirada” que, no fim, será benéfica.
Cazuza (PP), também em seu primeiro mandato, avalia que a política esta sendo passada a limpo no Brasil, principalmente em Campo Grande após inúmeras CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito), cassação e afastamento. “Então vai ter reflexo sim porque a população está revoltada, talvez mais criteriosa. As redes sociais estão aí para fazer com que as pessoas não se esqueçam dos fatos políticos. As notícias dos jornais passam, mas as redes relembram”, analisou.
Herculano Borges (SD) segue o mesmo raciocínio. “O momento político já abre prerrogativas para novas lideranças políticas, não vai ser assim só em Campo Grande, mas no Brasil inteiro. Vejo com bons olhos porque a política precisa dar uma oxigenada, é uma instabilidade positiva”.
Marcos Alex (PT) vai além, acredita que a saída do PMDB do comando da Capital ditou o ritmo de mudança e a crise brasileira veio para ressaltar isso. O petista conta que antes de 2013 a Câmara estava adormecida, sem oposição, com basicamente todos os mecanismos ensaiados e rodando igualmente por anos a fio. Mas com a eleição do radialista Alcides Bernal (PP) a Casa de Leis ganhou outro tom.
“Hoje o Legislativo é centro das decisões. Foram várias CPIs, cassação, momentos novos que tem muito a ver com o fim do monopólio da política que o PMDB exercia. Não havia oposição, então alterou o cenário porque mudou o comando. Nesta legislatura o debate foi mais presente”, concluiu.
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