Servidores protestam, mas projetos são aprovados na penúltima sessão ALMS

Manifestantes temem ser prejudicados 

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Manifestantes temem ser prejudicados 

Apesar do protesto de vários servidores públicos para retirada de pauta, os deputados da Assembleia Legislativa os aprovaram em sessão extraordinária nesta quarta-feira (21) dois projetos do poder executivo. Um dos textos impõe limite à pensão até então vitalícia para dependente de servidor público que vem a óbito. O intuito é fazer com que o pensionista receba o dobro do tempo que o servidor contribuiu com a previdência e não por toda vida como ocorre hoje. Somente Policiais e Bombeiros militares ficam de fora.

De acordo com o deputado Rinaldo Modesto (PSDB) a medida aliviaria o deficit na previdência que só em 2016 passa de R$ 700 milhões. Mas, para Thiago Mônaco, integrante Associação Beneficente dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, é necessário que haja revisão na matéria.

“Viemos aqui pedir que não seja votado porque não é justo mais uma vez o servidor pagar a conta”, disse. Outro projeto que está gerando protesto na Casa de Leis é o que autoriza o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) a conversar com a União para renegociar a dívida do Estado.

Para os servidores, o diálogo vai gerar tratativas que podem atingir o funcionalismo público. Isso porque, para eles, a União vai impor condicionantes como aumento da contribuição previdenciária, congelamento dos salários por determinado período e assim por diante.

O deputado Pedro Kemp (PT) concordou com os protestantes. “Isso é dar um cheque em branco para o governador ir lá negociar”, avaliou. Mas o parlamentar Beto Pereira (PSDB) rebateu alegando que trata-se somente de diálogo e quando houver as condições impostas pela governo Federal, outro projeto será votado.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul, André Luiz Santiago, não concorda com o texto. “O governo deu isenção fiscal de 90% para diversas empresas, porque não tira daí ao invés de mexer com o funcionalismo público?”, questionou. 

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