Documento pede saída definitiva de Dilma

O relator do pedido de da presidente da República afastada, Dilma Rousseff (PT), senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou relatório na tarde desta terça-feira (2) à comissão que analisa o caso. O documento pede a saída definitiva da petista sob acusação de crime de responsabilidade fiscal. Para tecer avaliação ele usou informação conseguida pelo senador sul-mato-grossense, Waldemir Moka (PMDB).

Durante a fase de oitiva, o peemedebista fez questionamento ao servidor do Tesouro Nacional, Adriano Pereira de Paula, sobre a participação da presidente afastada na aprovação do Plano Safra de 2015. “A resposta serviu como subsídio para o relator reafirmar a responsabilidade de Dilma Rousseff nas fraudes fiscais (pedaladas fiscais), que consistiram em usar dinheiro do Banco do Brasil, em forma de operação de crédito, o que é proibido pela legislação”, explicou Moka em seu Facebook.

O relatório tem 441 páginas e diz que Dilma não está sendo responsabilizada por meras decisões políticas, mas sim por condutas que violaram o delimitado regime jurídico dos crimes de responsabilidade, “num contexto que, inequivocamente, demonstra a participação, por ação ou omissão, da dirigente máxima do governo federal”.

No voto, ele explicou que não cabe, nesse julgamento, contrastar o mandato de Dilma Rousseff com índices críticos de impopularidade; com o sentimento de rejeição que se alastra em redes sociais; com eventuais condutas veiculadas em áudios; nem com quaisquer perseguições por condutas que não se relacionem com a tarefa presidencial.

No documento, ao sustentar seu voto pela procedência da acusação e prosseguimento do processo, ele propõe a pronúncia da denunciada Dilma Vana Rousseff, a fim de que seja julgada pelo Senado. A votação do relatório ocorre neste momento.