Ivandro Fonseca prestou depoimento nesta sexta-feira 

O secretário municipal de saúde, Ivandro Fonseca prestou depoimento nesta sexta-feira para a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Vacinas, que investiga suposto sumiço de doses da rede pública de saúde. Ele negou que lotes contra o vírus Influenza H1N1 tenham sumido em Campo Grande.

No entanto, segundo a Câmara Municipal, ele evitou responder boa parte das perguntas feitas pelos vereadores, alegando ser de responsabilidade dos técnicos da pasta o controle sobre determinadores setores da secretaria, e ainda atribuiu culpa a setores da imprensa, que teriam propagado a informação de que as doses teriam desaparecido.

Conforme Ivandro, todo o processo de vacinação deste ano foi feito conforme preconiza o Ministério da Saúde, sendo a responsabilidade dessa escolha do município. A campanha, garante, foi desenvolvida conforme o previsto e estabelecido em anos anteriores. “Nosso parâmetro é a meta. E Campo Grande alcançou essa meta [de imunização] que havia sido programada. Conseguimos obter êxito”, afirmou.

O titular da Sesau ainda negou que tenha dito que os lotes enviados para Campo Grande sumiram e, segundo ele, coube a alguns veículos de comunicação espalhar a informação. “O ônus da prova cabe a quem acusa. Nunca falei que sumiram vacinas. Alguns veículos de comunicação que propagaram essa informação. Quando fiquei sabendo, mandei apurar. Uma sindicância foi instaurada e, conforme o parecer da comissão, que concluiu a improcedência dos fatos noticiados. Eu declarei que existiam doses insuficientes nos frascos, que depois foi reconhecido como perda técnica. Se outras pessoas falaram que sumiu, não posso me responsabilizar”, disse.

Ivandro também confirmou aos vereadores da CPI que houve vacinação em locais além das unidades de saúde, como shoppings. “Campo Grande tem autonomia para isso. Houve sim, como em anos anteriores também houve”, afirmou.

O secretário de Saúde, ainda segundo a Câmara Municipal, também não respondeu perguntas dos vereadores sobre a perda técnica dos lotes de vacina, bem como sobre o mapa de vacinação de Campo Grande. Segundo ele, a resposta é de responsabilidade dos chefes de departamento da Sesau.