Secretário culpa gestão de Olarte por ‘caos’ na maternidade das Moreninhas

Ivandro Fonseca relata que “achou estranho” o momento da interdição

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Ivandro Fonseca relata que “achou estranho” o momento da interdição

Após a Vigilância Sanitária interditar o setor de maternidade do Hospital da Mulher “Vó Honória Martins Pereira”, no bairro das Moreninhas, o secretário municipal de saúde pública de Campo Grande, Ivandro Fonseca, afirma que “a vigilância sanitária nunca tinha tomado providências nos últimos 7 anos e que “esse tipo de ato, devido ao golpe criminoso, reflete diretamente, uma vez que não houve tempo pra gente fazer as devidas reformas e construções”.

“Em 2013, quando assumimos, fizemos um diagnóstico e encontramos diversas irregularidades e a vigilância não tinha tomado nenhuma providência nos últimos 7 anos, esse tipo de ato, devido ao golpe criminoso, reflete diretamente, uma vez que não houve tempo pra gente fazer as devidas reformas e construções. Estabelecemos como prioridade a reforma das UPAs [Unidades de Pronto Atendimento] e está no cronograma a reforma e ampliação do Hospital das Moreninhas”, declarou.

 
Ele afirma que irá propor uma TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) para que a vigilância “conceda um prazo exequível”, para a adequação do local. “Foi instaurado e foi encontrado irregularidades, temos vários documentos e não consta manifestação da vigliância, estranho esse tipo de atitude. Não acredito que o govertno do Estado esteja com perseguição e eu acredito que terá sensibildiade e encontrar um prazo”, afirmou.

Entenda o caso

O centro cirúrgico foi interditado pela vigilância sanitária no início da tarde desta quinta-feir. O cenário que motivou a interdição é caótico e já acumula denúncias: mofo e falta de estrutura física, falta de medicamentes e esterilização duvidosa de aparelhos. O jornal Midiamax recebeu as denúncias de leitores e conversou com uma funcionária da Maternidade, que confirmou a interdição.

“Está faltando medicamento e esterilização dos aparelhos, que não tem esterilização adequada. Aí faz você faz cirurgia sem ter essa segurança e o risco é grande”, contou a funcionária, que não quis se identificar. “Vem ao longo dos anos, desde que eu trabalho, está assim”. De acordo com ela, os aparelhos são esterilizados na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Ela explica que já encaminharam denúncias, mas que a Sesau (Secretaria municipal de saúde pública) não responde às tentativas de diálogo. “Acaba indo pra Sesau e eles não atendem, por mais que faça o pedido, eles não atendem. Eles não tem o controle, está esterilizando na UPA Moreninhas, porque o hospital não tem condições. A parte de estrutura, tem mofo nas paredes, vazamentos”, contou. “A gente não tem segurança pra atender os pacientes”.

Já uma leitora, relata surpresa com o que chamou de “caos”. Ela conta que foi ao local como acompanhante de uma gestante. O que ela conta é ausência de lavanderia, de roupas para pacientes e até ausência de roupas de cama. Todas que estavam no local, de acordo com ela, “já foram todas usadas”. “No expurgo, sacos e mais sacos de roupas sujas, a maioria com sangue, cheio de moscas rodando por cima e eles nao tem o que fazer”, explica.

Ela ainda complementou a denúncia, afirmando que os pacientes “estão deitadas em colchões sem forro. Nas fotos, a mesa enferrujada é o local onde ficam os pertences das pacientes e recém-nascidos”. A alimentação consiste, de acordo com ela,de apenas arroz e feijão. “Foco cirúrgico não funciona há meses, médicos e enfermeiros precisam se desdobrarem para consegui fazer o seu trabalho”.

 

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