Pede o imediato arquivamento

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentaram nesta quinta-feira (5), à Comissão Especial do , um voto em separado com um relatório alternativo ao elaborado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que pede o imediato arquivamento do pedido de impeachment contra a presidente da República, Dilma Rousseff. Um outro voto em separado também foi apresentado pelo líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE).

— Estão querendo dizer que é crime o que não é. E estão querendo tirar da cadeira uma presidente eleita com 54 milhões de votos. Essa é uma das maiores fraudes contra o Estado Democrático de Direito — disse Vanessa.

A senadora leu a conclusão do documento apresentado pelo relator e, mais uma vez, classificou de golpe a tentativa de impedimento da presidente. Os autores do relatório alternativo afirmam que o processo contra Dilma contém apenas “questiúnculas contábeis, meras irregularidades” e nenhum indício de crime cometido pela presidente. Eles pedem o arquivamento dos autos, no voto em separado.

— É imperativo que o Senado Federal assuma, nesse momento extremamente delicado para a democracia, sua missão histórica de Casa Legislativa da moderação e do equilíbrio e se negue a admitir a tramitação da Denúncia nº 1, de 2016, que pretende a aprovação do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff, pois nada há na acusação (na denúncia e em seus 33 volumes anexados) que justifique o descumprimento das regras democráticas arduamente conseguidas, a ruptura institucional, a mitigação da segurança jurídica e, mais grave de todas as violações, o desrespeito à soberania popular — diz a conclusão do voto em separado.

Após o fim da reunião, Vanessa também comentou o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados.

— Essa decisão do Supremo é importante e impactante em todos os aspectos porque a base para a decisão não foi só que ele será o segundo caso a presidente Dilma seja afastada num processo sucessório, mas também porque ele exercia desvio de poder, ou seja, se utilizava da condição de presidente da Câmara para se proteger porque ele também responde processo de quebra de decoro — afirmou a senadora.