Durante operação, contador acabou preso com arma

O MPE-MS (Ministério Publico Eleitoral de Mato Grosso do Sul) investiga possível ato de corrupção eleitoral envolvendo nomes de candidatos eleitos em , município distante 310 quilômetros de Campo Grande. As investigações apuram irregularidades na campanha do prefeito eleito, Willian do Banco, e também do vereador Maquielves Mota, conhecido como “Pequeno”, ambos do PSDB. O futuro prefeito nega que as investigações envolvem seu nome. 

A promotora de Justiça Ana Carolina Lopes de Mendonça Castro, da 29ª Zona Eleitoral, expediu mandados de busca e apreensão visando apreender indícios de corrupção eleitoral. Os mandados foram cumpridos nesta segunda-feira (3), com apoio da Polícia Civil.

De acordo com o delegado Francis Flavio, titular em Sonora e que atuou na operação, um dos mandados foi cumprido na casa do contador Normando Mota, onde foi apreendido um revólver calibre 38 e três munições. “Devido a arma, o cantador foi preso em flagrante e encaminhado à delegacia, onde prestou esclarecimentos e saiu após pagamento de fiança de três salários mínimos (R$ 2.640,00)”, explicou.

Ainda segundo o delegado, no escritório de contabilidade de Normando, foram apreendidos materiais de campanha do candidato a vereador “Pequeno” e do candidato a prefeito Willian, além de aproximadamente R$ 9 mil em dinheiro, além de diversos documentos. 

Já na casa do vereador eleito, foi apreendida uma lista contendo nomes endereços e valores. Também foi dado cumprimento mandado de busca e apreensão no Tênis Clube da cidade, mas no local, não foi apreendido nenhum material. O delegado explicou que o comando das investigações é do Ministério Público Eleitoral, por isso não poderia dar maiores detalhes sobre o caso. “Trata-se de investigação sobre corrupção eleitoral”, resumiu.

A reportagem tentou contato com a promotora responsável pela operação, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. O candidato a vereador não foi localizado. Já o prefeito eleito William do Banco, confirmou a operação, porém negou qualquer irregularidade na campanha. 

Quanto à apreensão de materiais, o futuro prefeito garantiu que não foram localizados campanha dele e que não sabe se o vereador deixou material no escritório do contador. Disse ainda, que as acusações partem dos adversários, no que classifica como “perseguição política de pessoas que querem desqualificar sua vitória”. “Não existe esse material que foi citado. Nunca vi um caso assim, estão tentando espalhar coisas mentirosas contra mim e posso garantir que não estou envolvido em qualquer ato irregular. Fiz uma campanha limpa, que resultou nesta diferença de votos nas urnas”, completou. (Matéria editada às 20h15, para acréscimo de informações)