Prestações de contas de candidatos aponta 408 falecidos entre doadores de campanha
Segundo TSE, receitas com indícios de irregularidades alcançam mais de R$ 1,3 bi
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Segundo TSE, receitas com indícios de irregularidades alcançam mais de R$ 1,3 bi
As prestações de contas dos candidatos e partidos às eleições deste ano mostram que 408 doadores de campanha possuem registro de óbito. Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) centenas de pessoas que figuram no cadastro do governo como falecidos tiveram seus nomes vinculados de forma irregular em doações aos candidatos.
Os dados são do mais mais novo cruzamento de dados realizado em parceria entre o TSE e o TCU (Tribunal de Contas da União). As informações são repassadas à Justiça Eleitoral pelos próprios candidatos, podendo ser retificadas a qualquer tempo.
Ainda de acordo com o TSE, outras irregularidades também foram apontadas, entre elas a concentração de doadores em uma mesma empresa, cuja situação soma 89.040 casos. Dentre esses casos, destaca-se o fato de o diretor administrativo de uma empresa ter doado o montante de R$ 973 mil.
O batimento registrou também 141.278 doadores que não possuem vínculo empregatício ativo, segundo registros do Governo Federal. O valor doado por esses desempregados chega a quase R$ 157 milhões.
Já os doadores que aparecem como beneficiários do programa Bolsa Família somam 74.179, resultando num montante que ultrapassa os R$ 63 milhões.
Os casos de empresas constituídas em 2015 ou 2016 com sócio filiado a partido político somaram 77, neste novo levantamento, sendo que até o anterior, haviam sido registrados 447 casos. Destaque para uma empresa de filiado de partido aberta em janeiro deste ano e que prestou serviço no valor de R$ 137 mil.
O levantamento mostra ainda que as receitas e despesas declaradas pelos candidatos com possíveis irregularidades alcança R$ 1,3 bilhão e envolvem 424.506 casos.
Conforme o TSE, como os casos registrados dizem respeito a indícios de irregularidades que ainda serão apurados, os nomes dos doadores e beneficiários e eventuais detalhamentos das informações não serão divulgados pela Justiça Eleitoral.
A assessoria do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) informou ao Jornal Midiamax que ainda não há dados de quantos casos ocorreram dentro do Estado.
O TSE ressalta que, independentemente de retificação ou não, os dados são compartilhados com o Ministério Público, para que este realize investigações e tome as providências, se achar necessário.
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