Parlamentar defende redução no número de partidos

A câmara dos deputados deve instalar nesta semana uma comissão especial para debater mudanças nas regras políticas e eleitorais, como financiamento de campanha e sistema de eleição, além de outros pontos da reforma política, como o fim das coligações partidárias e a cláusula de desempenho também estão em debate no Senado Federal.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) questionou a viabilidade do atual sistema político que se tem no país atualmente. Segundo ele, uma reforma é necessária.

“Partido político no Brasil virou negócio para que as pessoas possam ter acesso a fundo partidário, ter acesso a tempo de televisão e aí organizarem suas agendas próprias de uma política de baixíssima qualidade. (…) Nós precisamos fazer uma reforma e essa reforma precisa dar racionalidade ao ambiente político no Congresso Brasileiro e no país”, disse o senador.

Para Ferraço, o tema chega a ser uma questão de sobrevivência da representativa do país. O tucano defende uma redução drástica de partidos no país e disse ser necessária a criação de pautas que possam ser convergentes, já que é preciso uma aprovação na Câmara e no Senado.

“Quais os pontos que tem consenso nesse momento? A cláusula de barreira, para que os partidos que queiram ter acesso ao fundo partidário, a tempo de televisão, tenham representação nacional. E é preciso ter, pelo menos, 3% dos votos nacionais em pelo menos 14 estados. O cenário que estamos imaginando é que nós teremos, com essa realidade, alguma coisa entre oito e dez partidos, o que me parece um avanço muito razoável.”

“A outra questão é também o fim das coligações proporcionais. Porque a coligação proporcional, na prática, ela se materializa deformando o processo político eleitoral e a vontade do eleitor”, completou o senador.