Presidente disse que não quer interferência eleitoreira
O presidente da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa, deputado Lídio Lopes (PEN), revelou que, por questões formais, a análise da relatoria sobre o pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostos servidores fantasmas e existência de nepotismo só será conhecido no início do mês de novembro.
Lídio explicou que na próxima terça-feira (25), o requerimento que solicita abertura da CPI, proposto pelo deputado estadual Marquinhos Trad, candidato do PSD à Prefeitura de Campo Grande, será distribuído para um relator, que terá ao menos uma semana para analisar o documento, o que resultaria no dia 1º de novembro.
O presidente da CCJR informou ainda que após a devolução do parecer pela comissão, o requerimento iria a votação em plenário, informação que foi corrigida pelo presidente da Casa, deputado Junior Mochi (PMDB).
Mochi explicou que cabe a ele definir instauração ou não da CPI, e que para tanto ele acatará o parecer da CCJR, seja ele qual for.
“Não quero que questões políticas interfiram nas questões institucionais, principalmente nesse momento de eleição”, disse o peemedebista.
O presidente da Assembleia ainda frisou que uma CPI, geralmente, nasce de uma denúncia sobre uma suposta irregularidade, o que não aconteceu neste aconteceu neste caso. “Foi feita uma solicitação após discussão em plenário”, afirmou Mochi.
Outra questão que será analisada pelo futuro relator do requerimento será a existência de uma ‘fato determinado’ que seja o alvo das apuração da CPI, e que na solicitação de Marquinhos é muito abrangente, segundo o presidente da Casa, uma vez que o pedido diz respeito a todos os servidores comissionados da Assembleia nos últimos 30 anos, desde 1986.
“Imaginem o tanto de documento que pode parecer”, finalizou Junior Mochi, emendando que o prazo de conclusão dos trabalhos de uma CPI é de 120 dias.