Operação Viagem, do Gaeco, afasta três vereadores por diárias irregulares
Eles respondem por peculato e associação criminosa
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Eles respondem por peculato e associação criminosa
A Operação Viagem, deflagrada nesta quarta-feira (6) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), afastou os vereadores Wilson da Silva, Antônio Ari Bastos e Celso Alves dos Santos, presidente, ex-presidente e vice-presidente da Câmara de Anaurilândia, distante 366 quilômetros de Campo Grande.
O promotor de Justiça Allan Thiago Barbosa Arakaki ajuizou as ações pela prática de peculato e associação criminosa, envolvendo os vereadores do município, por irregularidades no pagamento e pedido de diárias, formulados por todos os vereadores durante a atual legislatura, que consistiram em requerimentos de diárias sem comprovantes; utilização de comprovantes falsos – certidões sem assinatura ou negadas pelo suposto emitente, participação de eventos negada pelos próprios organizadores; percepção de diárias para participação de eventos político-partidários, o que justificou o ajuizamento de três denúncias de peculato, as quais já foram recebidas pelo Poder Judiciário.
Antônio Ari Bastos já responde por outra ação de peculato e quadrilha na Comarca de Anaurilândia, figurando como reincidente específico em ambos os delitos, sendo que as diárias dele apresentaram irregularidades em todo o período investigado (2013 a 2015). Em relação a Wilson da Silva, justificou o MPMS que já foi denunciado em outra ação penal por realizar contratações sem licitação, e além disso, foi o responsável por autorizar o pagamento de diárias durante o período em que foi Presidente da Câmara, realizando quitações irregulares a todos os demais vereadores, sem qualquer cautela, o que também se estendeu a Celso Alves, que foi Presidente da Câmara no ano de 2013.
Constataram-se ainda, durante as investigações, tentativas de tumultuar a apuração dos fatos, praticada pelos vereadores nominados, seja apresentando emendas às diárias com outros documentos, seja determinando, de forma ilegal, que servidores da própria Câmara Municipal não recebessem os ofícios da Promotoria de Justiça.
Com o apoio do Gaeco, foram feitas buscas e apreensões de todos os documentos originais na Câmara Municipal a fim de realizar cruzamento de informações para o respectivo ajuizamento da ação civil pública por improbidade administrativa e para evitar manobras escusas por parte dos investigados, por meio de ocultação de documentos ou a apresentação destes segundo a respectiva conveniência.
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