Ex-prefeito esqueceu traição e procurou ex-governador

Depois de sair do PMDB alegando que foi traído na eleição para o Governo do Estado, o ex-prefeito de , , agora no PTB, parece ter deixado as mágoas para trás. Fontes próximas ao petebista ressaltam seu interesse na disputa pela Prefeitura de Campo Grande e confirmam que ele tem procurado o ex-governador (PMDB) para pedir apoio à sua candidatura este ano.

Ontem, sábado (23), Nelsinho usou as redes sociais para comemorar conquistas de seu partido. “Estamos alcançando o nosso objetivo de reestruturar e fortalecer o PTB/MS em todo o Estado”, publicou. Todavia, viabilizar o apoio do PMDB em 2016 não será tarefa fácil, tanto que Puccinelli teria dicado de levar o pedido ao diretório estadual, que já havia decidido por candidatura própria.

Nelsinho tenta reeditar a parceria que o levou ao comando de Campo Grande por oito anos, mas pode encontrar dificuldade entre os peemedebistas que não gostaram da saída dele. O líder do PMDB na Assembleia, Eduardo Rocha, por exemplo, foi um dos que chamou Nelsinho de ingrato quando ele deixou o partido. O deputado federal Carlos Marun, ferrenho aliado do ex-governador, é outro que não esconde a vontade de ser o candidato peemedebista a prefeito da Capital. 

Caso consiga convencer o PMDB a apoiá-lo, Nelsinho ainda pode encontrar uma barreira dentro de casa. O irmão, Marquinhos Trad, declarou pré-candidatura antes de Nelsinho e não pensa em desistir para abrir mão para o irmão novamente.

Fábio Trad chegou a minimizar a situação constrangedora, afirmando não haver briga entre os irmãos. Porém, o desentendimento é inegável. Marquinhos esperava que Nelsinho abrisse mão da pré-candidatura para ele, o que não aconteceu.

Nelsinho assumiu o PTB dizendo que não tinha a pré-candidatura a prefeito como foco, mas também nunca disse que não seria. Diante do impasse, combinou com o irmão que não se enfrentariam nas urnas, mas continua tendo encontros com lideranças para pedir apoio.

A união de Nelsinho com Puccinelli pode ser decisiva para um embate em família. Marquinhos sempre foi desafeto de Puccinelli e pode encontrar nesta aliança uma saída para enfrentar o irmão, utilizando a rejeição ao grupo, que derrubou Edson Giroto (PR) em 2012, a seu favor.

Nelsinho, por sua vez, tenta provar para o irmão que sua candidatura é mais viável. Ele está correndo por fora para, no final, quando sentarem para conversar, convencer o irmão mais novo de que tem mais apoio.