‘Não sei quem tem razão na guerra entre vereadores e Bernal’, diz Marquinhos

Deputado comentou crítica de que ”Bernal não respeita mandamentos”

Sobre os novos ataques da Câmara Municipal em relação ao atual prefeito Alcides Bernal (PP), o prefeito eleito de Campo Grande, deputado estadual Marquinhos Trad (PSD), disse nesta terça-feira (22), que prefere não emitir juízo de valor sobre a ‘guerra’ implantada entre os poderes legislativo e executivo. Segundo ele, alunos que necessitam de atendimento especial também terão atenção especial em seu governo.

As falas do deputado são referentes às críticas feitas pelos parlamentares durante a sessão desta terça-feira, na qual chegaram a citar que ‘Bernal não respeita os mandamentos de Jesus’. “Não posso emitir juízo de valor, pois não dá para saber quem está certo ou quem está errado. Só posso garantir que estes alunos terão atenção especial durante a minha gestão. Meu coração é bom”, disse Marquinhos.

Por meio de assessoria, Alcides Bernal disse apenas que “ñao comenta críticas de vereadores, pois está ocupado administrando Campo Grande. Questionado sobre a resposta, o prefeito eleito ressaltou que lamenta o relacionamento mantido entre os poderes nos últimos quatro anos. “Eu lamento muito essa guerra entre legislativo e executivo porque quem perde com isso é Campo Grande”, completou Marquinhos.

O deputado frisou ainda que pretende cortar secretarias em sua gestão, mas que vai criar a coordenadoria para deficientes e discutir a aprovação de uma lei para tornar regra a presença de professores especializados para atender mais de duas mil crianças deficientes nos colégios municipais de Campo Grande.

O caso – A presença da presidente da AMA (Associação das Mães de Autistas) na Câmara da Capital durante a sessão desta terça-feira (22) motivou uma nova rodada de críticas dos vereadores ao prefeito Alcides Bernal.

Helenice Duarte, presidente da AMA, usou a palavra na Câmara para cobrar apoio dos vereadores sobre a CI (Comunicação Interna) da Semed (Secretaria Municipal de Educação) que revela corte de gastos na pasta, com eventual fim do contrato de auxiliares pedagógicos, que atendem alunos especiais.

Apesar da Semed afirmar que a CI foi ‘mal interpretada’, a presidente da AMA revelou que até agora ninguém da secretaria informou os pais de alunos especiais sobre a manutenção dos profissionais que prestam apoio pedagógico aos alunos com esta carência. 

A fala motivou criticas dos vereadores ao prefeito Alcides Bernal. Até mesmo parlamentares da base do progressista cobraram uma resposta do atual Chefe do Executivo.